Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
a favor
Fumante, dono do Fasano apoia veto ao cigarro
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Rogério Fasano, dono da rede de restaurantes de elite mais tradicional do país, diz que aprova as
restrições ao cigarro e que o
fumo costuma provocar
queixas tanto de clientes
quanto de funcionários. Para
ele, a lei facilita a convivência
com o cliente que fuma.
(DANIEL BERGAMASCO)
FOLHA - Como vê a lei?
ROGÉRIO FASANO - Já estava na
hora de ser aprovada. O
mundo todo segue essa tendência. Em dois meses, vai
ser como avião. Antes, metade dos passageiros acendia o
cigarro após a decolagem, e
agora conseguem ficar 12 horas sem fumar. Acho bom especialmente para quem trabalha nos restaurantes.
FOLHA - Os funcionários reclamam da fumaça dos clientes?
FASANO - Reclamam de fumaça de charuto. Muitos
clientes reclamam de charuto: a outra pessoa acende [na
área de fumantes], mas o
cheiro se espalha. Fico feliz
com a lei; agora será mais fácil argumentar com o cliente.
FOLHA - O sr. chamará a polícia
se alguém se recusar a apagar o
cigarro?
FASANO - Bom, eu não posso
ter meu restaurante fechado
ou tomar multa de R$ 3 milhões [R$ 3,2 milhões é o teto
previsto em caso de infração], senão quebro. A lei terá
que ser cumprida. Mas tenho
certeza de que ninguém fará
isso [fumar insistentemente]
comigo. Se acontecer, será
"persona non grata" em
qualquer restaurante.
FOLHA - Como tem sido a proibição ao fumo no Rio [onde o grupo
Fasano tem hotel e restaurante]?
FASANO - Ótima. Desde que o
fumo foi vetado, todo mundo
respeita [a lei carioca proíbe
o fumo em locais fechados,
mas 2.500 dos cerca de 20
mil bares e restaurantes e
hotéis têm liminares que autorizam fumódromos].
Quando estou lá, fumo menos, assim quando como vou
para os Estados Unidos ou
para países da Europa com a
mesma proibição. Eu me sinto melhor em ambientes onde não se pode fumar.
Texto Anterior: Serra admite que não será fácil fiscalizar lei Próximo Texto: Contra: Dono do Dry Bar acha que lei vai afastar clientes Índice
|