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por aí
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Bem-me-quer
Comércio de flores vai do simples ao luxuoso e expõe algumas particularidades da cidade
FLORES NA CIDADE
Feiras, supermercados e, é
claro, floriculturas. Em São
Paulo, comprar flores é tarefa
fácil -porém, é mais fácil
ainda se perder em meio à variedade de opções. E, como
tudo no DNA paulistano, as
espécies de flores são vistas
de diversas formas nas diferentes regiões da cidade.
Nos Jardins (zona oeste),
fazem sucesso as flores "nobres", como astromélias e lírios. Em Higienópolis (centro), as orquídeas são muito
visadas. Em ambos os bairros, o crisântemo é visto como "flor de cemitério", e vende pouco. Na região da Praça
da Árvore (zona sul), no entanto, a espécie não sofre nenhum preconceito.
DESCULPAS
E por falar em cemitério,
nas bancas da avenida Doutor Arnaldo, um dos "points"
floridos da cidade -que divide muro com o Araçá-, flores para os túmulos não correspondem nem a 1% das
vendas, garante o vendedor
Clóvis Santana, 60, no local
há mais de dez anos.
"Aparece é marido que,
para se desculpar de ainda
estar na rua às 3h da manhã,
passa para levar um buquê
de rosas para a mulher", conta ele, rindo. O espaço é um
dos poucos da cidade onde
dá para "colher" flores 24 horas por dia.
JANTAR ROMÂNTICO
No largo do Arouxe, o romantismo também impera.
João Fernando Salgado Filho,
53, dono da República Flores,
diz que um restaurante coloca mesas estrategicamente viradas para as floriculturas. É
inspiração na certa.
EXCLUSIVO
Enquanto nas feiras as flores ficam em baldes, nas floriculturas quase todo o espaço
é ocupado por arranjos prontos. Mas, para quem pode
gastar mais de tempo, dá para escolher flores e laços e pedir um modelo "exclusivo".
NEON
Em Higienópolis, José Ferreira Chaves, 72, da Flores
Bandeirantes, na área desde
1956, se dedica às suas lojas
diariamente (são cinco). Para
entrar no clima de romance,
suas vitrines trazem indefectíveis neons vermelhos.
DO LAR
O feirante Ronaldo Rodrigues, 38, está cada dia em
um bairro. Nos Jardins, diz,
as clientes são as domésticas.
Como o forte das floriculturas são os arranjos, ele compete à altura: em sua banca,
há uma pessoa só para isso.
por ADRIANO BRITO (interino)
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