São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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por aí

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Bem-me-quer

Comércio de flores vai do simples ao luxuoso e expõe algumas particularidades da cidade

FLORES NA CIDADE
Feiras, supermercados e, é claro, floriculturas. Em São Paulo, comprar flores é tarefa fácil -porém, é mais fácil ainda se perder em meio à variedade de opções. E, como tudo no DNA paulistano, as espécies de flores são vistas de diversas formas nas diferentes regiões da cidade.
Nos Jardins (zona oeste), fazem sucesso as flores "nobres", como astromélias e lírios. Em Higienópolis (centro), as orquídeas são muito visadas. Em ambos os bairros, o crisântemo é visto como "flor de cemitério", e vende pouco. Na região da Praça da Árvore (zona sul), no entanto, a espécie não sofre nenhum preconceito.

DESCULPAS
E por falar em cemitério, nas bancas da avenida Doutor Arnaldo, um dos "points" floridos da cidade -que divide muro com o Araçá-, flores para os túmulos não correspondem nem a 1% das vendas, garante o vendedor Clóvis Santana, 60, no local há mais de dez anos.
"Aparece é marido que, para se desculpar de ainda estar na rua às 3h da manhã, passa para levar um buquê de rosas para a mulher", conta ele, rindo. O espaço é um dos poucos da cidade onde dá para "colher" flores 24 horas por dia.

JANTAR ROMÂNTICO
No largo do Arouxe, o romantismo também impera. João Fernando Salgado Filho, 53, dono da República Flores, diz que um restaurante coloca mesas estrategicamente viradas para as floriculturas. É inspiração na certa.

EXCLUSIVO
Enquanto nas feiras as flores ficam em baldes, nas floriculturas quase todo o espaço é ocupado por arranjos prontos. Mas, para quem pode gastar mais de tempo, dá para escolher flores e laços e pedir um modelo "exclusivo".

NEON
Em Higienópolis, José Ferreira Chaves, 72, da Flores Bandeirantes, na área desde 1956, se dedica às suas lojas diariamente (são cinco). Para entrar no clima de romance, suas vitrines trazem indefectíveis neons vermelhos.

DO LAR
O feirante Ronaldo Rodrigues, 38, está cada dia em um bairro. Nos Jardins, diz, as clientes são as domésticas. Como o forte das floriculturas são os arranjos, ele compete à altura: em sua banca, há uma pessoa só para isso.

por ADRIANO BRITO (interino)


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