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TRÂNSITO
No segundo semestre, aparelhos passam de 60 para 80; operadora de lombada eletrônica ganha R$ 40,35 por multa
Paulistano vai enfrentar mais radares
DA REPORTAGEM LOCAL
A quantidade de multas por excesso de velocidade em São Paulo
deverá subir ainda mais no segundo semestre deste ano, quando entrarão em vigor os novos
contratos de fiscalização eletrônica e a quantidade de aparelhos vai
praticamente dobrar.
Atualmente, existem 40 radares
fixos, 20 radares móveis e 31 lombadas eletrônicas em operação,
sob responsabilidade das empresas Engebras, Consladel e do consórcio Inepar/Consladel.
Esse número de aparelhos pode
aumentar a partir deste mês, conforme previsão das licitações que
foram concluídas ou estão em fase de conclusão na CET. A capital
terá 40 radares fixos, 40 móveis e
cem lombadas eletrônicas.
Os primeiros contratos começam a vencer no próximo dia 24
-para os radares fixos e móveis.
A concorrência para selecionar as
novas prestadoras do serviço deveria ter sido encerrada em 2001,
mas uma série de contestações judiciais levou ao adiamento.
Na época, a Folha publicou reportagens mostrando que a CET
adotava critérios considerados irregulares por advogados e que
deixavam as atuais operadoras
em vantagem. As principais contestações se referiam às regras para julgar a qualificação técnica das
concorrentes. Os resultados, até
agora, confirmam as previsões.
O consórcio Perkons/Consladel
venceu a licitação para fornecer as
lombadas eletrônicas pelos próximos três anos. Atualmente, a operação é de responsabilidade de
mesma Consladel, junto com a
Inepar, que é parceira da Perkons.
Só esse consórcio conseguiu
atender às exigências da licitação
da CET, ou seja, não houve disputa de preços. Ele vai receber R$
40,35 para cada multa por excesso
de velocidade registrada e paga
pelos motoristas, valor 25,7% superior ao que é pago hoje.
A licitação dos radares fixos foi
concluída no final de abril e a vencedora foi a Engebras, empresa
que já fornece os serviços desde
1997. Nesse caso, porém, os valores de remuneração da operadora
previstos no novo contrato serão
8% inferiores aos atuais.
A concorrência dos radares móveis foi suspensa temporariamente pela Justiça, mas a CET conseguiu derrubar a liminar. A definição das empresas habilitadas
aconteceu na semana passada.
A forma de remuneração prevista nesses contratos, vinculando
os pagamentos das empresas à
quantidade de multas, é considerada ilegal pelo TCE (Tribunal de
Contas do Estado) de São Paulo.
O órgão avalia que a contratação deve ser feita por um valor fixo mensal para evitar as suspeitas
sobre a indústria de multas.
Essa posição, porém, afeta só as
demais cidades paulistas, e não a
capital, que é fiscalizada por um
tribunal de contas municipal.
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