|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
URBANISMO
Luminárias são inauguradas, mas problema persiste na via; prefeitura diz que questão será resolvida em 6 meses
Esburacada, Rebouças tem nova iluminação
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de Gilberto Kassab
(PFL) inaugurou ontem a nova
iluminação da avenida Rebouças,
na zona sul de São Paulo, sem, no
entanto, resolver outro problema
crônico do local: os buracos nas
calçadas. Segundo a prefeitura, os
buracos devem ser fechados em
cerca de seis meses.
A nova iluminação custou cerca
de R$ 560 mil e foi executada em
dois meses. São 321 postes com
lâmpadas de vapor de sódio, instalados nos dois sentidos da avenida. As luminárias ficam distantes 15 metros uma das outras. A
Rebouças tem 2,4 km de extensão.
A implantação dos postes integra projeto de revitalização da Rebouças iniciado na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e levada adiante por José Serra (PSDB),
antecessor de Kassab. Entre as
ações executadas está, por exemplo, o aterramento da fiação elétrica, concluído em 2005.
Segundo a Secretaria de Serviços, o projeto inicial previa 355
lâmpadas. A existência de grande
quantidade de guias rebaixadas
na avenida e a reforma em estabelecimentos após a aprovação do
projeto levou a prefeitura a reduzir as luminárias para as atuais
321. Até a implantação dos postes
nas calçadas, a iluminação estava
concentrada no canteiro central.
Problema seguirá
Embora tenha a iluminação ampliada, a Rebouças continuará esburacada por algum tempo. A ausência dos trechos do piso de ladrilho hidráulico ocorre em quase
todas as calçadas da avenida. Nas
proximidades do Hospital das
Clínicas, no sentido Consolação-Faria Lima, por exemplo, há uma
faixa contínua de buracos por cerca de 30 metros, todos ao lado dos
novos postes.
Situação semelhante ocorre na
esquina com a rua Oscar Freire,
onde um buraco de cerca de um
metro já fez muita gente tropeçar.
"Acontece sempre de alguém
cair", afirma Jaider Nunes Santos,
22, funcionário há seis anos de
uma banca de jornal na esquina
da rua com a Rebouças.
A esteticista Maria Lucília Andrade Costa, 65, moradora da Oscar Freire há 15 anos, passou a
enumerar os casos de acidentes
no local. "Tenho quatro amigas,
com mais ou menos a minha idade, que já se machucaram com esses buracos", disse. "Acho uma
verdadeira barbaridade. Só pensam em resolver o problema em
época de eleição."
De acordo com a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização),
a responsabilidade pela condição
ruim do calçamento da Rebouças
é da gestão Marta Suplicy. A empresa diz que, no governo petista,
os contratos feitos para aterramento da fiação elétrica da Rebouças e para colocação de ladrilhos hidráulicos nas calçadas terminaram antes da conclusão efetiva do trabalho. O fim prematuro
da obra ocorreu porque, segundo
a Emurb, os contratos eram de
curta duração -entre dois e quatro meses. E, quando o contrato
acabou, ainda restavam postes de
energia elétrica que foram posteriormente removidos.
Segundo Roberto Molim, diretor de Obras da empresa, a Emurb
firmou um convênio com a Subprefeitura de Pinheiros para recomposição das calçadas nos trechos em que falta revestimento. O
processo licitatório deve consumir três meses e a execução, mais
três. O custo será de R$ 95 mil.
Ao mesmo tempo em que recompõe as calçadas, a prefeitura
deve cavar buracos entre os postes recém-implantados para colocação de árvores. Serão 325 ao
longo da Rebouças, em projeto
que, de acordo com empresa, deve ocorrer até o final do ano, em
custo avaliado em R$ 400 mil.
A Folha procurou na tarde de
ontem, por telefone, a assessoria
da prefeita Marta Suplicy, mas
não conseguiu contato.
Texto Anterior: Acidente: Piloto campeão morre em queda de monomotor Próximo Texto: Transportes: Metrô inaugura hoje a estação Chácara Klabin Índice
|