|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEC aumenta prazo para adesão de federais ao Enem
Data final para dar resposta, que era ontem, passou agora para o dia 20 de maio
Na quarta-feira, reitores e MEC se encontram para definir o conteúdo que será exigido no novo exame, que pode substituir vestibulares
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O prazo de adesão das universidades ao novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)
foi estendido de ontem para o
dia 20 de maio.
A nova data se deve ao fato de
que, na quarta-feira, haverá novo encontro entre reitores e o
Ministério da Educação para
definir a matriz do exame, ou
seja, o conteúdo a ser exigido.
Depois disso, as instituições
que ainda não definiram se irão
utilizar o exame como vestibular terão uma semana para comunicar sua posição ao MEC.
Em levantamento publicado
pela Folha no final de abril, 22
federais das 55 manifestaram a
tendência de adotar só o exame
como processo seletivo.
Há outras ainda que vão usar
o Enem como primeira fase ou
como parte da nota; isso, porém, praticamente invalida o
objetivo do ministério de unificar os processos seletivos, já
que os candidatos teriam que
se deslocar para fazer prova.
Persistem também diversos
questionamentos por parte das
instituições. Em reunião nesta
semana com o ministro Fernando Haddad, os reitores entregaram um documento com
diversas ponderações sobre o
novo modelo, que vão desde aspectos operacionais até a pontos que questionam a própria
pertinência do exame.
Exemplo: "O novo Enem
conseguirá minimizar as debilidades do ensino médio? Não
seria melhor investir na formação, qualificação, remuneração, condições de trabalho e valorização dos professores de
ensino médio?"
Também se questiona se a
unificação não irá aumentar as
desigualdades regionais, se não
favorecerá os alunos de maior
poder aquisitivo, se não seria
melhor implementar as mudanças com mais calma.
Eles querem saber também
qual escola serve de referência
para a elaboração da prova; como será feita a segurança do
exame; e, entre outras, se a possibilidade de o candidato escolher até cinco opções não irá
aumentar a evasão nas universidades, já que o estudante poderia acabar entrando em uma
terceira opção, pela qual ele
não tem muito interesse.
As dúvidas foram compiladas de um seminário realizado
com todos os dirigentes.
(ANGELA PINHO)
Texto Anterior: Zofia Topór-Kryger (1924-2009): A ex-combatente viu Varsóvia em chamas Próximo Texto: 50 questões: Ministério da educação colocará simulado na internet Índice
|