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Monotrilho vai retirar 1/4 dos ônibus do litoral de SP
Licitação de obra de R$ 402
milhões começa até julho
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo criou
um projeto de uma nova rede
de transportes para a Baixada
Santista baseado em um sistema de VLT (veículo leve sobre
trilhos). Integrada a ciclovias, a
nova linha vai tirar um de cada
quatro ônibus de circulação,
em nove cidades da região.
A primeira fase, segundo a
EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos),
deve ser licitada até julho. Ela
vai contemplar o VLT entre o
terminal do porto de Santos e a
região dos Barreiros, em São
Vicente. A linha contornará a
faixa do litoral entre as duas
maiores cidades da Baixada
Santista em parte da área ocupada pelos trens da CPTM.
São 16 novas estações, sempre a 800 metros de distância
uma da outra. O usuário vai pagar a tarifa antes de embarcar.
O VLT terá pontos de transferências, na primeira etapa, nos
Barreiros, no terminal São Vicente e na estação Conselheiro
Nébias, em Santos.
As previsões da Secretaria
dos Transportes Metropolitanos são que o sistema reduza o
tempo médio de viagens de 50
min para 33 min. A integração
elimina 25 linhas de ônibus,
cria seis e afeta mais 16 -outras
20 seguem inalteradas.
O orçamento previsto é de R$
688 milhões, sendo R$ 402 milhões no VLT e R$ 286 milhões
na renovação e modernização
da frota de ônibus. Não há previsão de mudanças na estrutura
de tarifas atuais.
O presidente da associação
que reúne engenheiros e arquitetos de metrô, José Geraldo
Baião, diz que esse tipo de projeto é importante porque reestrutura o transporte local.
"O importante é termos projetos que integrem os demais
meios de transporte e que tenham alcance entre as regiões
metropolitanas", diz.
O projeto será pago pelo governo, que, após as obras, vai
repassar o sistema a concessionárias, um contrato de 25 anos,
incluindo os ônibus intermunicipais e o VLT. No período, o
projeto vai movimentar R$
4,67 bilhões. O contrato deve
ser assinado no segundo semestre, segundo o governo.
Bicicletas
O projeto tenta incorporar à
rede de coletivos os usuários de
bicicletas, que são milhares nas
ruas planas do litoral paulista.
Circulam na Baixada cerca de
300 mil usuários de bicicletas,
que representam 15% do total
de viagens, um ponto percentual a menos do que os carros.
Por isso o projeto prevê bicicletários e paraciclos -estacionamentos para esses veículos.
A ciclovia, com um traçado
perimetral segundo o plano,
corre ao longo da linha do VLT,
no canteiro central da faixa de
domínio da CPTM. Daí, se interliga à ciclovia do eixo da avenida Afonso Penna, que corta
parte de Santos.
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