São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

entrevista

"É preciso acabar com o mito trans", diz médico

DA SUCURSAL DO RIO

O urologista Eloísio Alexsandro estuda a transexualização há muitos anos: formou-se em urologia pela Universidade Federal do Espírito Santo e estudou reconstrução genital nos Estados Unidos e na Europa. Em entrevista à Folha, o médico responsável pelo programa do SUS afirma que o termo "mudança de sexo" é reducionista, uma vez que o processo todo é multidisciplinar e longo. (AF)

 

FOLHA - O senhor ouve críticas pelo fato de a transgenitalização ser gratuita, pelo SUS?
ELOÍSIO ALEXSANDRO -
Sim. As pessoas falam em prioridade, por exemplo, que tem pacientes com câncer que precisam operar. Mas o fato de [o procedimento] ter sido incluído no SUS não exclui ninguém. Precisam entender que, para aqueles que desejam a cirurgia de transgenitalização, é um sofrimento imenso essa incongruência de corpo e mente.

FOLHA - O senhor acredita que a questão no Brasil avançou?
ALEXSANDRO
- No começo do programa, recebi muito "não". Hoje é o contrário: estamos num papel de multiplicador. Voluntários e alunos de mestrado e doutorado nos procuram. O discurso hoje está muito mais popular entre os médicos. Mas é preciso um processo de multiplicação, para acabar com o mito trans.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Sem concorrência, loja de aeroporto cobra quanto quer
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.