São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

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MARISA SÁ FORTES CHUAIRI (1931-2010)

Ao criar a Mariza Doces, tornou-se pioneira no ramo

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia antes de a filha mais velha casar, Marisa Sá Fortes Chuairi já havia preparado toda a mesa de doces. Ela queria ter o dia da festa livre para aproveitar cada segundo.
Mas aí veio o imprevisto.
Um grande bufê que sempre comprava os quitutes de sua empresa ligou desesperado:
havia esquecido justamente de encomendar doces. O que Marisa fez? Enviou ao cliente os preparativos para a festa da filha e varou a noite para repor o que fora desfeito.
Natural da mineira Barbacena, Marisa veio a SP aos 15 anos. Aos 19, casou-se com Alberto, que jogou futebol pelo Palmeiras e pelo São Paulo.
Da mãe, dona de uma visão empreendedora, sempre ouviu que era preciso ter alguma habilidade, pois, quando precisasse, era só usá-la. Assim, descobriu ter dom para preparar coisas salgadas e doces.
Na escola das filhas, costumava ajudar nas festas. Em 1963, abriu uma empresa de doces com uma irmã, que morreu em 1970. Continuou o negócio, com o nome Mariza Doces -não pôde usar o Marisa com "s" pois já existia.
Foi pioneira na área: criou embalagens, desenvolveu receitas e mudou a forma de apresentar os doces nas festas, usando a criatividade.
Com o tempo, estendeu a clientela para Rio, Curitiba, Brasília, Recife e Manaus.
Delicada e de "jeitinho mineiro", Marisa ia todos os dias à fábrica. Na madrugada de sexta (30), morreu aos 78, após um infarto. Deixa viúvo, quatro filhos e quatro netos.
Hoje, o negócio é tocado pelas três filhas e a sobrinha.

coluna.obituario@uol.com.br


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