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GRAVAÇÕES
Funcionários do gabinete gravaram conversas nas quais vereador e familiares confirmam esquema
Fitas revelam que Enéas lucrava com regional e trocava voto por favores
Arquivo Pessoal
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O vereador Enéas (dir) e seu filho (em pé ao seu lado) e seus funcionários L´Abatti (sentado com a mão sobre a mesa), Rivello (sentado com a mão apoiando a cabeça) e Dassie (esq) que agora o denuciam
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SÍLVIA CORRÊA
da Reportagem Local
O Ministério Público já tem provas de que o
vereador Osvaldo Enéas (Prona) obtinha benefícios financeiros com o controle político
da Regional da Casa Verde (zona norte de SP)
e exigia favores do Executivo para apoiar projetos do governo na Câmara Municipal.
As principais evidências constam de fitas
obtidas pela Folha nas quais Enéas e familiares conversam com funcionários de seu gabinete. As gravações foram feitas pelos funcionários entre julho de 97 e setembro de 98.
Os denunciantes alegam que começaram a
gravar as conversas quando perceberam que
o vereador não devolveria as parcelas de seus
salários que havia retido sob argumento de
que existiam dívidas de campanha.
Nas fitas, Enéas e seus familiares admitem
também a possibilidade de vender o apoio político do parlamentar e confirmam a indicação de fantasmas para empresas municipais e
a exigência dos vales-refeição e de parte dos
salários dos funcionários do gabinete.
Em depoimento a promotores, o filho do vereador reconheceu as vozes das gravações.
Enéas diz que tudo é armação de um grupo
que tenta extorquir seu dinheiro.
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