São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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Estudantes reclamam da reitoria

DA REPORTAGEM LOCAL

A queixa dos estudantes da FFLCH de superlotação das salas de aula e falta de professores não é um problema restrito à graduação. As condições precárias de funcionamento dos cursos já atingiu também os programas de mestrado e doutorado. A FFLCH forma a maioria dos pós-graduandos da USP.
"O prazo para concluir a pós-graduação vem diminuindo sistematicamente, mas não há condições de terminar o curso em tempo hábil. Não há professores suficientes", afirma José Menezes, 39, doutorando em história econômica e professor da UFMA (Universidade Federal do Maranhão).
Segundo o aluno do terceiro ano de letras Gustavo Garcia, 28, faltam docentes até para disciplinas obrigatórias. "Muitos não podem se formar pois alguns cursos não são oferecidos por causa da ausência de professores. Do jeito que está, a faculdade vai fechar."
Os estudantes apresentaram à reitoria um estudo no qual defendem a contratação de 259 professores. "Queremos uma política clara de contratação de professores na mesma proporção dos que se aposentam", afirmou Garcia. "A estratégia da reitoria é de não negociar com os alunos. Ela não deixa claro os critérios de contratação de professores para algumas unidades e não para outras. Os estudantes da USP podem até entrar na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas não têm direito de participar da Comissão de Claros da universidade."


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