São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2004

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Colegas temem imagem negativa

DA SUCURSAL DO RIO

Instrutores de vôo na pedra da Gávea, em São Conrado (zona sul do Rio), antigos colegas de Marco Archer Cardoso Moreira criticaram-no por ter levado cocaína para a Indonésia. Para eles, o caso pode associar o esporte ao tráfico de drogas e criar uma imagem negativa da categoria.
"Isso foi uma coisa dele. O que não quero é associar a imagem de voador a isso. Há muito tempo ele não freqüentava aqui", disse Bruno Menescal, presidente da Associação Brasileira de Vôo Livre.
Um instrutor que se identificou apenas como Toledo e que disse ter convivido superficialmente com Moreira considerou o episódio "triste por envolver o esporte com o tráfico".
O assistente de vôo livre Carlos Alberto Silva dos Anjos, 27, que trabalha na pedra da Gávea, disse ter sido preso por dois meses na Indonésia, acusado de estuprar uma norueguesa em Bali.
Anjos afirmou que foi inocentado em exame de corpo de delito, mas que, mesmo assim, pagou propina de US$ 20 mil para sair da prisão. "O índice de corrupção na Indonésia é muito alto. Ou se dá tanto ou morre na cadeia."
Segundo ele, a quantia foi negociada por um intermediador com o chefe de polícia local, "que sorriu e agradeceu ao receber o dinheiro". Anjos afirma ter recebido ajuda de brasileiros radicados em Bali e de uma australiana de quem chegou a ficar noivo depois e que lhe teria pagado a passagem de volta ao Rio de Janeiro. (VQG)


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