São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2004

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Indonésia é o maior país islâmico do mundo

DA REDAÇÃO

A Indonésia, que se tornou independente da Holanda em 1949, é o maior arquipélago e o maior país muçulmano do planeta, com 88% de seus 234,9 milhões de habitantes islâmicos.
O país enfrenta graves problemas políticos há décadas. Em 1965, um golpe contra o Exército orquestrado por comunistas -que foi controlado rapidamente (estima-se que 750 mil pessoas tenham morrido)- deu início ao período em que o ditador Suharto ficou no poder, embora seu antecessor, Sukarno, continuasse a responder pela Presidência.
Suharto foi eleito presidente em 1968, 1973, 1978, 1983, 1988, 1993 e 1998 e governou o país com mão de ferro, apoiado no Exército. Durante o regime de Suharto, sua família controlava boa parte das atividades econômicas do país, o que causou a piora da corrupção.
Embora as condições de vida de parte da população tenham melhorado, opositores a seu governo foram duramente reprimidos.
Em 1997, a Indonésia enfrentou uma grave crise econômica, e sua moeda sofreu forte desvalorização. O país fechou acordo com o FMI, mas, até hoje, ainda tem dificuldade em implementar as políticas preconizadas pelo órgão.
Suharto deixou o poder em 1998 -assumiu o vice, Habibie. Houve eleição legislativa em 1999, e Abdurraman Wahid foi eleito presidente. No mesmo ano, os timorenses escolheram tornar-se independentes. E milícias pró-Indonésia começaram uma sangrenta campanha de intimidação.
Envolvido em escândalos de corrupção, Wahid foi destituído pelo Parlamento em 2001. Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno, assumiu a Presidência.
Desde a crise de 1997, os problemas econômicos indonésios se agravaram e perduram por conta de movimentos secessionistas que minam a segurança das Províncias (sobretudo Aceh e Papua), da fraqueza do Judiciário, da corrupção e da fragilidade do sistema bancário. Há no país graves violações aos direitos humanos.
A Indonésia produz grande quantidade de maconha e haxixe para uso doméstico e faz parte da rota de distribuição da heroína fabricada na região, da qual ela não é o único país que impõe duras penas a traficantes de drogas.


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