|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sem-teto vivem há 2 meses em antiga quadra da Mancha Verde
Prefeitura levou as 90 famílias ao local após galpão em que viviam pegar fogo
DO "AGORA"
Cerca de 90 famílias vivem,
desde abril, em condições precárias na antiga quadra da escola de samba Mancha Verde, na
avenida Dr. Abraão Ribeiro, na
Barra Funda (zona oeste SP).
Os sem-teto foram levados para lá pela Prefeitura de São Paulo no dia 5 de abril, após um incêndio que destruiu um galpão
abandonado onde eles moravam no Cambuci (centro).
O galpão, que já foi sede da
escola de samba que reúne a
torcida do Palmeiras e de uma
cooperativa de catadores de lixo, pertence à prefeitura. As
condições de habitação e higiene são muito precárias.
Segundo os moradores no local, no primeiro mês houve assistência da Subprefeitura da
Sé. "Cada morador recebeu
uma cesta básica, cobertores e
colchões", disse a catadora de
ferro-velho Irene Faria dos
Santos, 36 anos. Ela vive com o
marido e mais dez filhos, em
um quarto. A ligação de água e
luz do prédio é clandestina, e as
famílias estão distribuídas em
barracas de madeira. No primeiro mês, a prefeitura instalou um banheiro químico para
uso dos desabrigados. "Depois,
eles levaram embora e ficamos
com os banheiros da quadra,
que está desativado e sem
água", disse Irene.
Cerca de 265 pessoas dividem os dois banheiros do local,
que ainda estão com infiltrações e sem condições de uso.
As refeições, que foram fornecidas pela prefeitura durante
o primeiro mês, cessaram.
Outro lado
Representantes da Secretaria Municipal da Habitação devem se reunir com os sem-teto
na terça-feira, na Câmara Municipal. Segundo a Secretaria
das Subprefeituras, os moradores foram atendidos pela assistência social no primeiro mês.
Após o dia 18 de maio, porém,
o caso foi transferido para a Secretaria de Habitação, que deve
encaminhá-los a algum programa de moradia. É isso o que será discutido na reunião.
Texto Anterior: Ver como é: Kassab brinca com cachimbo de crack Próximo Texto: 25 de Março lota, e ação contra camelôs acaba em confusão Índice
|