São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2010

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Complexo é vulnerável, diz especialista

DE SÃO PAULO

Duas joalherias das mais caras do mundo no térreo, duas saídas de emergência ao lado das lojas de produtos de maior valor agregado, uma marginal sem trânsito e sem sinais, um shopping sem praça de alimentação e de baixo movimento.
Para arquitetos e especialistas em segurança, a combinação desses fatores, que tornam o Cidade Jardim um dos maiores shoppings de luxo do país, foi um tiro no pé.
Nas laterais da relojoaria Rolex, roubada anteontem, e da joalheria Tiffany, assaltada há 25 dias, duas escadarias externas foram usadas na fuga do bando.
"É uma falta de bom-senso, em termos de segurança, instalar essas lojas na porta da rua. É pedir para ser roubado", diz o coronel José Vicente da Silva, ex-secretário nacional de Segurança Pública.
"A escolha da posição das lojas complica bastante. Foi uma mistura de coisas erradas. Ou o shopping faz um controle de entrada, ou as lojas trabalham com projetos de portas blindadas giratórias", diz a arquiteta Carla Kiss, especialista em segurança.
"Há uma contradição. As duas lojas estão em pontos chamativos, nas escadas rolantes, e ao mesmo tempo têm um ponto de vulnerabilidade", diz Gilberto Belleza, ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil .
O shopping diz que reforçou a segurança e que vai adotar "medidas mais restritivas de acesso". (VQG)


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