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Complexo é
vulnerável, diz
especialista
DE SÃO PAULO
Duas joalherias das
mais caras do mundo no
térreo, duas saídas de
emergência ao lado das lojas de produtos de maior
valor agregado, uma marginal sem trânsito e sem sinais, um shopping sem
praça de alimentação e de
baixo movimento.
Para arquitetos e especialistas em segurança, a
combinação desses fatores, que tornam o Cidade
Jardim um dos maiores
shoppings de luxo do país,
foi um tiro no pé.
Nas laterais da relojoaria Rolex, roubada anteontem, e da joalheria Tiffany,
assaltada há 25 dias, duas
escadarias externas foram
usadas na fuga do bando.
"É uma falta de bom-senso, em termos de segurança, instalar essas lojas
na porta da rua. É pedir para ser roubado", diz o coronel José Vicente da Silva,
ex-secretário nacional de
Segurança Pública.
"A escolha da posição
das lojas complica bastante. Foi uma mistura de coisas erradas. Ou o shopping
faz um controle de entrada, ou as lojas trabalham
com projetos de portas
blindadas giratórias", diz
a arquiteta Carla Kiss, especialista em segurança.
"Há uma contradição.
As duas lojas estão em
pontos chamativos, nas
escadas rolantes, e ao
mesmo tempo têm um
ponto de vulnerabilidade", diz Gilberto Belleza,
ex-presidente do Instituto
de Arquitetos do Brasil .
O shopping diz que reforçou a segurança e que
vai adotar "medidas mais
restritivas de acesso".
(VQG)
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