São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2011

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Analista critica falta de vaga em Cumbica

Capacidade de aeroporto internacional de Guarulhos está esgotada para o estacionamento de mais aeronaves

Aumento de voos no terminal foi de 11% de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2010


DE SÃO PAULO

A decisão da Infraero em proibir o desvio de aeronaves se deve ao esgotamento de Cumbica, que opera acima da capacidade em um momento em que o tráfego aéreo não para de crescer.
O aumento de voos no aeroporto foi de 11% de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2010.
O número de passageiros subiu na mesma proporção; o terminal de passageiros de Cumbica opera 30% acima da capacidade.
"Cada vez mais a deficiência de estrutura prejudica o transporte aéreo", diz Ronaldo Jenkins, diretor do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas). O ideal, ele diz, era que os voos desviassem para Cumbica.
A falta de vagas para aviões estacionarem no pátio é um problema crônico dos aeroportos brasileiros que atravanca o crescimento do setor, diz Elton Fernandes, pesquisador do Núcleo de Estudos em Tecnologia, Gestão e Logística da Coppe, programa de pós-graduação em engenharia da UFRJ.
"Guarulhos, se olhar só a pista, abrigaria muito mais movimentos do que têm hoje. Essa limitação é por falta de pátio", afirma. Ele ressalta que há urgência também na ampliação do terminal de passageiros, integrante do pacote da Copa-2014.
Em Congonhas, por exemplo, as pistas têm capacidade para 48 movimentos por hora. Pátio e terminal de passageiros, no entanto, são insuficientes. O governo limitou o tráfego, por medida de segurança, a 34 operações/hora.

PISTA
No início de agosto, começa a reforma da pista maior de Cumbica.
A pista, com 3.700 metros, será interditada em 30% até dezembro, período em que irá operar com 2.500 m -a outra pista tem 3.000 m e será reformada depois.
A Infraero havia acertado com as companhias aéreas que não reduziria o tráfego no aeroporto durante a obra da pista maior.
Ficou combinado que os aviões de grande porte, como o Boeing-777, usados em viagens intercontinentais, decolariam com menos peso, o que impactaria a carga e o número de passageiros.
Duas simulações de como será a obra estão marcadas para julho.
(RICARDO GALLO)


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