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OPINIÃO
Cura pela homeopatia
ARIOVALDO RIBEIRO FILHO
Dentre as mais de 60 especialidades médicas existentes, a homeopatia ocupa o 16º lugar em número
de profissionais em exercício no
Brasil. É uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de
Medicina e conta com o crescente
apoio da classe médica em geral.
É inerente a ela o exercício da
"medicina da pessoa", atitude
médico-filosófica que vê o indivíduo como unidade inter-relacionada ao todo. Um ser integral.
Saúde e doença resultariam da
harmonia ou desarmonia do ser
em relação a si e ao meio que o
cerca. Sua base foi descrita por Hipócrates, em 460 a.C, pela observação dos fenômenos da natureza.
Esse método-os semelhantes
curam-se pelos semelhantes- foi
organizado, demonstrado clinicamente e firmado como terapêutica
por Samuel Hahnemann, em 1796.
São 200 anos de história.
A homeopatia sobrevive fortalecida como há muitos anos não se
via -decerto, não pelo estímulo
da poderosa indústria farmacêutica, mas pelo apoio da população,
que sempre demonstrou confiança no método. São mais de 15 mil
profissionais, que, após concluir o
curso médico, passam por três
anos de pós-graduação e prestam
prova de título de especialista na
Associação Médica Brasileira.
O homeopata se prepara para
um trabalho que exige bem mais
que o conhecimento médico adquirido sob a égide dos cursos tradicionais. Legalmente, em nosso
país, só estarão habilitados para o
exercício da homeopatia profissionais médicos, veterinários, cirurgiões-dentistas e farmacêuticos, cada um em sua área.
Para decepção dos céticos, não
existe nada de mágico nas dinamizações homeopáticas. Quanto à
natureza desse medicamento de
quantidade infinitesimal, sabemos
que há uma informação transmitida e reconhecida pelo organismo,
provavelmente de ordem frequencial, ainda não mensurável com o
instrumental disponível.
Aos homeopatas não interessa
competir com ninguém, muito
menos polemizar com os alopatas;
o homeopata é um alopata de formação, que procurou ampliar seu
conhecimento para o benefício do
doente. Ele saberá os limites e o
campo de atuação de cada método. Aqui não cabem radicalismos,
mas sim o trabalho de quem estuda e se aperfeiçoa, procurando,
por seu livre-arbítrio, exercer uma
prática bem fundamentada.
A relação entre alopatas e homeopatas é de somatória de esforços. Foi essa a razão que fez mais
de dois terços dos conselheiros da
Associação Paulista de Medicina
votarem pela inclusão da homeopatia como departamento dessa
conceituada entidade.
Ariovaldo Ribeiro Filho, 38, é médico homeopata em São Paulo, com especialização em homeopatia pelo Conselho Federal de Medicina. É
diretor da Associação Médica Homeopática Brasileira e autor de "Repertório de Sintomas Homeopáticos", entre outras obras.
E-mail: aribeiro@poboxes.com
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