São Paulo, quarta-feira, 09 de julho de 2008

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"Saídas são autorizadas", diz condenado

DA REPORTAGEM LOCAL

"Não, tinha um funcionário lá dentro [da casa da namorada] já. Essas saídas são autorizadas pela diretoria [do hospital psiquiátrico], pelo juiz, não sei."
Assim Roberto Agostinho Peukert respondeu à Folha, em entrevista concedida por telefone, na noite de segunda-feira, ao ser questionado sobre o período em que permaneceu na casa de sua namorada sem escolta.
A reportagem ligou para a casa de Neusa Maria Teixeira Rocha, namorada do preso e funcionária da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária). Disse a ela que queria falar com Peukert para supostamente tratar de um negócio envolvendo seu notebook.
Quando Peukert retornou a ligação, pouco tempo depois, a reportagem se identificou. Ele, então, negou ter cometido alguma irregularidade.
"Eu passei por uma progressão de regime. Normalmente, todos os que estão aqui saem sem escolta, mas eu tenho essa determinação [de só sair do hospital com escolta oficial do Estado]", disse Peukert, de um telefone do hospital psiquiátrico. "Estava cheio de gente lá dentro, inclusive teve uma festinha lá dentro", disse.
Ao ser questionado sobre quantas vezes sai do hospital psiquiátrico, Peukert respondeu: "Eu estou saindo para passear uma vez por semana".
Perguntado se está arrependido por ter assassinado a própria família, Peukert encerrou a entrevista. "Ah, meu filho, vem aqui para que a gente converse com a diretora", finalizou Peukert. (AC)


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