ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A situação em São Paulo e as medidas em uma possível ação de tropas federais serão debatidas hoje, em Brasília.
Estarão presentes os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Waldir Pires (Defesa), os comandantes das Forças Armadas e membros do Gabinete de Segurança Institucional, da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Para que as tropas militares federais passem a atuar em São Paulo, é necessária uma manifestação expressa do governo estadual. Caso contrário seria intervenção federal, um acirramento político máximo e improvável.
Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionar o efetivo militar, também por força de lei, o comando das operações de segurança em São Paulo passaria para as tropas federais.
O Exército está preparado para colocar 10 mil homens em São Paulo no prazo de até 72 horas. Seriam acionadas de pronto as brigadas Pára-quedista (RJ), de Campinas e de Caçapava (SP). Também haveria necessidade de deslocar homens do Nordeste para atuar na ação.
Equipamentos indispensáveis seriam os carros blindados, que têm um forte poder de dissuasão em ações de retaguarda às investidas policiais voltadas para a segurança. A lista da operação militar inclui ainda helicópteros, necessários para uma logística que requer velocidade de deslocamento dos policiais para combater as ações terroristas do PCC.
Existe a expectativa de que, ainda nesta semana, haja liberação do Fundo Penitenciário Nacional para São Paulo. Em julho, quando o PCC fez sua segunda demonstração de força neste ano, o governo destinou, por meio de medida provisória, uma verba extra orçamentária de R$ 100 milhões para o Estado. Na ocasião, a idéia era investir o valor na construção de presídios e também em sistemas de inteligência capazes de antecipar os movimentos da facção.


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