São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2006

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"Pensei que ia morrer" diz vigia do centro

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O vigia do CIC (Centro Integrado da Cidadania) de Campinas foi feito refém por supostos criminosos do PCC que incendiaram o local com garrafas de gasolina e disseram ter intenção de matar a diretora do centro, que não estava no local.

FOLHA - Como foi a ação dos criminosos? VIGIA - Eles ameaçaram atirar e tive de abrir a porta de vidro. Eles estavam com três pistolas. Disseram: "Somos do PCC". Perguntaram da diretora do centro [Centro de Integração da Cidadania] e disseram que queriam matá-la e incendiar tudo.

FOLHA - Eles o agrediram?
VIGIA -
Eles me levaram ao banheiro e mandaram que eu tirasse a roupa. Fiquei desesperado. Voltavam toda hora, me batiam. Davam coronhadas, socos e chutes.

FOLHA - Ameaçaram o senhor de morte?
VIGIA -
Fui ameaçado o tempo todo, pensei que ia morrer. Perguntavam se havia mais pessoas no prédio e eu disse que não. Falei alto para o outro vigia escutar. O outro vigia e uma secretária perceberam a ação, se trancaram na cozinha e apagaram a luz. Os criminosos ainda tentaram abrir a cozinha, mas não conseguiram.

FOLHA - Quanto tempo durou a ação?
VIGIA -
Tudo durou cerca de dez minutos, mas, para mim, foram dois dias. Uma vizinha da frente, que tem um comércio, depois disse que eles ainda compraram uma caixa de fósforo antes de invadir o centro.


(MAURÍCIO SIMIONATO)

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