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Para Metrô e consórcio, não houve falha
Segundo as empresas, não existe risco de que haja desabamentos no local em razão do buraco aberto na tarde de ontem
Via Amarela também afirmou que não será necessário interditar nenhum imóvel na região da linha 4-amarela
DA REPORTAGEM LOCAL
O Consórcio Via Amarela e o
Metrô afirmaram que o afundamento da rua dos Pinheiros
não pode ser considerado uma
falha e que não há risco de o buraco aumentar ou de que haja
desabamentos no local.
O consórcio -formado pelas
empreiteiras Odebrecht, OAS,
Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez- declarou, porém, que outros problemas como esse poderão
ocorrer, uma vez que o solo da
região é considerado arenoso.
Apesar disso, o consórcio diz
que não há risco para a segurança, uma vez que a máquina
utilizada na escavação -conhecida como "tatuzão"- consegue detectar ocos no solo e pára
sempre que necessário, como
"medida preventiva" -mesmo
termo utilizado para classificar
o ocorrido ontem.
A máquina, chamada de
"shield" (escudo, em tradução
literal), deverá ficar 48 horas
parada, até que haja total estabilidade no local.
O Via Amarela afirmou também que não será necessário
interditar nenhum imóvel na
região da linha 4-amarela.
Metrô
O diretor de Engenharia e
Obras do Metrô, Luiz Carlos
Grillo, que foi ao local cerca de
uma hora após o acidente, também descartou que tenha havido algum tipo de falha na condução da obra. A companhia é
responsável pela fiscalização.
Grillo afirmou que a máquina escavadora estava posicionada em um dos locais mais
sensíveis, por ser o início do túnel, logo após a futura estação
Fradique Coutinho. A máquina
começou a operar naquele trecho da obra no dia 1º.
Grillo disse ainda que o terreno da região, arenoso, oferece
ainda maiores dificuldades. O
diretor não explicou porque as
bolsas de ar não foram detectadas antes, mas disse que os técnicos trabalhariam exatamente
para evitar novos problemas.
"Estamos fazendo uma prospecção [busca por mais bolhas
de ar] para que não ocorram
mais esses problemas", disse.
Segundo Grillo, o buraco pode ter surgido porque os técnicos não haviam conseguido
preencher com areia e cimento
todas as bolhas de ar que havia
naquele local. Ele não explicou,
no entanto, o motivo de a bolha
ter passado despercebida na
vistoria realizada ontem.
O diretor do Metrô insistiu a
todo momento que não há mais
riscos de desabamentos e que
os moradores da região devem
permanecer tranqüilos. "Aqui
esse problema não vai acontecer mais", disse ele.
Grillo também não viu falhas
na liberação do tráfego na rua
dos Pinheiros depois que foram
feitos os reparos no local em
que havia sido constatado um
leve afundamento, a cerca de 5
m do buraco. Veículos passavam quando o buraco apareceu,
mas não houve acidentes.
"Não houve falha. O que houve foi uma preocupação de liberar o trânsito o mais rápido
possível", disse o diretor.
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