São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Para Metrô e consórcio, não houve falha

Segundo as empresas, não existe risco de que haja desabamentos no local em razão do buraco aberto na tarde de ontem

Via Amarela também afirmou que não será necessário interditar nenhum imóvel na região da linha 4-amarela

DA REPORTAGEM LOCAL

O Consórcio Via Amarela e o Metrô afirmaram que o afundamento da rua dos Pinheiros não pode ser considerado uma falha e que não há risco de o buraco aumentar ou de que haja desabamentos no local.
O consórcio -formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez- declarou, porém, que outros problemas como esse poderão ocorrer, uma vez que o solo da região é considerado arenoso.
Apesar disso, o consórcio diz que não há risco para a segurança, uma vez que a máquina utilizada na escavação -conhecida como "tatuzão"- consegue detectar ocos no solo e pára sempre que necessário, como "medida preventiva" -mesmo termo utilizado para classificar o ocorrido ontem.
A máquina, chamada de "shield" (escudo, em tradução literal), deverá ficar 48 horas parada, até que haja total estabilidade no local.
O Via Amarela afirmou também que não será necessário interditar nenhum imóvel na região da linha 4-amarela.

Metrô
O diretor de Engenharia e Obras do Metrô, Luiz Carlos Grillo, que foi ao local cerca de uma hora após o acidente, também descartou que tenha havido algum tipo de falha na condução da obra. A companhia é responsável pela fiscalização.
Grillo afirmou que a máquina escavadora estava posicionada em um dos locais mais sensíveis, por ser o início do túnel, logo após a futura estação Fradique Coutinho. A máquina começou a operar naquele trecho da obra no dia 1º.
Grillo disse ainda que o terreno da região, arenoso, oferece ainda maiores dificuldades. O diretor não explicou porque as bolsas de ar não foram detectadas antes, mas disse que os técnicos trabalhariam exatamente para evitar novos problemas.
"Estamos fazendo uma prospecção [busca por mais bolhas de ar] para que não ocorram mais esses problemas", disse.
Segundo Grillo, o buraco pode ter surgido porque os técnicos não haviam conseguido preencher com areia e cimento todas as bolhas de ar que havia naquele local. Ele não explicou, no entanto, o motivo de a bolha ter passado despercebida na vistoria realizada ontem.
O diretor do Metrô insistiu a todo momento que não há mais riscos de desabamentos e que os moradores da região devem permanecer tranqüilos. "Aqui esse problema não vai acontecer mais", disse ele.
Grillo também não viu falhas na liberação do tráfego na rua dos Pinheiros depois que foram feitos os reparos no local em que havia sido constatado um leve afundamento, a cerca de 5 m do buraco. Veículos passavam quando o buraco apareceu, mas não houve acidentes.
"Não houve falha. O que houve foi uma preocupação de liberar o trânsito o mais rápido possível", disse o diretor.


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