São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Moradores da rua se queixam do barulho e do susto

RAFAEL TARGINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Moradores e comerciantes da região reclamam do susto e do prejuízo com o buraco que se abriu na rua dos Pinheiros. O casal Ruth e José Eduardo Medina, ambos com 83 anos, já colocou uma placa de "vende-se" na janela de casa, a poucos metros do buraco. "Já deu o que tinha que dar", disse Ruth.
Ela afirmou que entrou em depressão quando a rua ficou totalmente fechada, em 2006. Preocupado com o barulho, o casal não sabia dizer se teria que sair de casa na noite de ontem. "Vou dormir apreensiva", disse Ruth.
A bacharel em direito Sandra Mezzato, 41, contou que viu o buraco crescer no asfalto da janela do apartamento. "Não pensava em mudar daqui, mas agora não sei mais." Sandra mora na rua desde 2002. Ela teve, inclusive, que preparar a filha Luísa, 8, para o susto de ver o buraco no meio da rua. "Qualquer coisa, pego tudo e saio correndo daqui", afirma.
O comerciante Paulo Fernandes, 40, reclamou da queda no movimento depois da interdição de anteontem. Ele é dono de uma oficina mecânica próxima à esquina com a rua Mateus Grou. "Meu medo não é nem que esse buraco cresça. O medo é financeiro mesmo." Ele estima que o movimento tenha caído 95%.
O lojista Marcel Barbosa, 25, também afirma que teve muitos prejuízos com as interdições da rua dos Pinheiros. "Hoje não entrou ninguém aqui." Ele também calcula que tenha perdido 95% da clientela. A empresa, que trabalha com cozinhas planejadas, vai sair da rua. Segundo o comerciante, os proprietários estão preparando a mudança para longe do local das obras. A firma deve ir para outro lugar até o final do ano.
Barbosa diz acreditar que a nova estação do metrô não deve trazer mais clientes à loja.


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