|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Moradores da rua se queixam do barulho e do susto
RAFAEL TARGINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Moradores e comerciantes
da região reclamam do susto e
do prejuízo com o buraco que
se abriu na rua dos Pinheiros. O
casal Ruth e José Eduardo Medina, ambos com 83 anos, já colocou uma placa de "vende-se"
na janela de casa, a poucos metros do buraco. "Já deu o que tinha que dar", disse Ruth.
Ela afirmou que entrou em
depressão quando a rua ficou
totalmente fechada, em 2006.
Preocupado com o barulho, o
casal não sabia dizer se teria
que sair de casa na noite de ontem. "Vou dormir apreensiva",
disse Ruth.
A bacharel em direito Sandra
Mezzato, 41, contou que viu o
buraco crescer no asfalto da janela do apartamento. "Não
pensava em mudar daqui, mas
agora não sei mais." Sandra
mora na rua desde 2002. Ela teve, inclusive, que preparar a filha Luísa, 8, para o susto de ver
o buraco no meio da rua. "Qualquer coisa, pego tudo e saio correndo daqui", afirma.
O comerciante Paulo Fernandes, 40, reclamou da queda
no movimento depois da interdição de anteontem. Ele é dono
de uma oficina mecânica próxima à esquina com a rua Mateus
Grou. "Meu medo não é nem
que esse buraco cresça. O medo
é financeiro mesmo." Ele estima que o movimento tenha caído 95%.
O lojista Marcel Barbosa, 25,
também afirma que teve muitos prejuízos com as interdições da rua dos Pinheiros. "Hoje não entrou ninguém aqui."
Ele também calcula que tenha
perdido 95% da clientela. A empresa, que trabalha com cozinhas planejadas, vai sair da rua.
Segundo o comerciante, os proprietários estão preparando a
mudança para longe do local
das obras. A firma deve ir para
outro lugar até o final do ano.
Barbosa diz acreditar que a
nova estação do metrô não deve trazer mais clientes à loja.
Texto Anterior: Para Metrô e consórcio, não houve falha Próximo Texto: Investigação: Ainda não há laudo sobre o acidente da cratera em janeiro Índice
|