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Em passeios pelo condomínio de luxo, Abadía usava gorro até em pleno verão
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante oito meses, o colombiano Juan Carlos Ramírez
Abadía, 44, transformou sua
casa de 1.800 m2, avaliada em
R$ 2 milhões, em uma espécie
de refúgio, no município de Barueri (Grande São Paulo) .
No período em que ocupou o
imóvel, que fica no número 71
da alameda Dourado, no Condomínio Morada do Lago, o
narcotraficante ficou isolado,
quase não saía.
Antes, ele tinha um outro
imóvel dentro do mesmo condomínio, mas o teria vendido
para comprar a casa de quatro
suítes para acomodar outros
luxos, como dez televisores, todos de plasma, academia de ginástica de R$ 240 mil, piscina
aquecida, seis carros, 56 relógios, ternos e calças de grifes
famosas e caras.
Segundo seus vizinhos, o colombiano era uma pessoa discreta e, principalmente, de
poucas palavras. Quando saía
de bicicleta, por exemplo, ele
sempre usava óculos escuros e
boné -a Polícia Federal já sabe
que ele realizou pelo menos
quatro plásticas no rosto, sendo três no Brasil.
Um funcionário do condomínio informou que chegou a ver
o colombiano usar até mesmo
um gorro em pleno verão.
De acordo com os relatos dos
moradores, assim como o colombiano, sua esposa também
sempre entrava rapidamente
no condomínio e em casa.
Desde o começo deste ano,
os vizinhos nunca ouviram de
Abadía e sua mulher mais do
que simples cumprimentos.
Em depoimento à PF, Abadía, que foi preso anteontem na
operação Farrapos, afirmou
que chegou da Colômbia ao
Brasil com US$ 4 milhões. Ele
havia pego um navio até a costa
do Ceará, depois foi de avião ao
Rio Grande do Sul, em 2005.
De lá, migrou para o Paraná e
posteriormente a São Paulo.
(KLEBER TOMAZ)
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