São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Em passeios pelo condomínio de luxo, Abadía usava gorro até em pleno verão

DA REPORTAGEM LOCAL

Durante oito meses, o colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, 44, transformou sua casa de 1.800 m2, avaliada em R$ 2 milhões, em uma espécie de refúgio, no município de Barueri (Grande São Paulo) .
No período em que ocupou o imóvel, que fica no número 71 da alameda Dourado, no Condomínio Morada do Lago, o narcotraficante ficou isolado, quase não saía.
Antes, ele tinha um outro imóvel dentro do mesmo condomínio, mas o teria vendido para comprar a casa de quatro suítes para acomodar outros luxos, como dez televisores, todos de plasma, academia de ginástica de R$ 240 mil, piscina aquecida, seis carros, 56 relógios, ternos e calças de grifes famosas e caras.
Segundo seus vizinhos, o colombiano era uma pessoa discreta e, principalmente, de poucas palavras. Quando saía de bicicleta, por exemplo, ele sempre usava óculos escuros e boné -a Polícia Federal já sabe que ele realizou pelo menos quatro plásticas no rosto, sendo três no Brasil.
Um funcionário do condomínio informou que chegou a ver o colombiano usar até mesmo um gorro em pleno verão.
De acordo com os relatos dos moradores, assim como o colombiano, sua esposa também sempre entrava rapidamente no condomínio e em casa.
Desde o começo deste ano, os vizinhos nunca ouviram de Abadía e sua mulher mais do que simples cumprimentos.
Em depoimento à PF, Abadía, que foi preso anteontem na operação Farrapos, afirmou que chegou da Colômbia ao Brasil com US$ 4 milhões. Ele havia pego um navio até a costa do Ceará, depois foi de avião ao Rio Grande do Sul, em 2005. De lá, migrou para o Paraná e posteriormente a São Paulo. (KLEBER TOMAZ)


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