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Governo dos EUA ainda não decidiu sobre pagamento
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
Até a conclusão desta edição,
o Departamento de Estado
norte-americano não havia decidido se e para quem pagaria a
recompensa de US$ 5 milhões
(R$ 9,5 milhões) prometida pela captura de Juan Carlos Ramírez Abadía. Até as 20h20 de
ontem, o site da chancelaria
norte-americana, que lista suspeitos de tráfico procurados
pelo governo, trazia o colombiano nos "procurados".
Em encontro com jornalistas
na manhã de ontem, em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean
McCormack, não soube responder o que aconteceria com
o dinheiro nem se o pedido de
extradição oficial havia sido feito ao governo brasileiro.
Segundo o site do departamento, o processo de recompensa não é simples. As propostas devem ser submetidas à
chancelaria pelo embaixador
norte-americano do país em
que a prisão ocorreu, agindo a
pedido do chefe de um dos órgãos responsáveis pelo cumprimento da lei do país, como o
DEA, a agência antidrogas, ou o
FBI, a polícia federal.
A proposta é então "cuidadosamente" examinada por um
comitê interdepartamental,
que recomenda ou não o pagamento para a secretária de Estado, Condoleezza Rice. "Só a
secretária tem a autoridade de
determinar se a recompensa
deve ser paga e, em casos sob
jurisdição federal [como o de
Abadía], ela deve ter a concordância do secretário de Justiça", Alberto Gonzales.
Desde que o programa foi
aprovado pelo Congresso dos
EUA, em 1986, mais de US$ 24
milhões já foram pagos. Dezessete dos listados entre os mais
procurados pelo departamento
constam como "trazidos à Justiça". Desses, oito renderam recompensa.
"Não há um prazo para terminarem as avaliações [sobre
quem deve receber a recompensa]", disse ontem Steve Robertson, porta-voz do DEA. O
funcionário da agência antidrogas norte-americana também
não quis confirmar a participação do DEA na ação que levou à
prisão do colombiano no Brasil.
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