São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Governo dos EUA ainda não decidiu sobre pagamento

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

Até a conclusão desta edição, o Departamento de Estado norte-americano não havia decidido se e para quem pagaria a recompensa de US$ 5 milhões (R$ 9,5 milhões) prometida pela captura de Juan Carlos Ramírez Abadía. Até as 20h20 de ontem, o site da chancelaria norte-americana, que lista suspeitos de tráfico procurados pelo governo, trazia o colombiano nos "procurados".
Em encontro com jornalistas na manhã de ontem, em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, não soube responder o que aconteceria com o dinheiro nem se o pedido de extradição oficial havia sido feito ao governo brasileiro.
Segundo o site do departamento, o processo de recompensa não é simples. As propostas devem ser submetidas à chancelaria pelo embaixador norte-americano do país em que a prisão ocorreu, agindo a pedido do chefe de um dos órgãos responsáveis pelo cumprimento da lei do país, como o DEA, a agência antidrogas, ou o FBI, a polícia federal.
A proposta é então "cuidadosamente" examinada por um comitê interdepartamental, que recomenda ou não o pagamento para a secretária de Estado, Condoleezza Rice. "Só a secretária tem a autoridade de determinar se a recompensa deve ser paga e, em casos sob jurisdição federal [como o de Abadía], ela deve ter a concordância do secretário de Justiça", Alberto Gonzales.
Desde que o programa foi aprovado pelo Congresso dos EUA, em 1986, mais de US$ 24 milhões já foram pagos. Dezessete dos listados entre os mais procurados pelo departamento constam como "trazidos à Justiça". Desses, oito renderam recompensa.
"Não há um prazo para terminarem as avaliações [sobre quem deve receber a recompensa]", disse ontem Steve Robertson, porta-voz do DEA. O funcionário da agência antidrogas norte-americana também não quis confirmar a participação do DEA na ação que levou à prisão do colombiano no Brasil.


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