São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008

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LEI SECA

Tarso Genro é questionado por mãe de vítima em evento

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Durante evento promovido para exaltar os benefícios da lei seca, o ministro da Justiça, Tarso Genro, recebeu uma dura cobrança de uma dona-de-casa e se esquivou de responder, ontem no Rio.
Ana Amélia Silva Rocha, quando convidada a usar o microfone, contou que seu filho Tiago Silva Rocha morreu em 6 de outubro de 2000, quando tinha 16 anos, ao ser atropelado na avenida Brasil.
O motorista do carro -um juiz- estava bêbado, segundo ela, e fugiu sem prestar socorro. Ele foi processado, mas, após sete anos, o caso foi arquivado.
Rocha então afirmou que "no começo deste ano" entregou pessoalmente ao ministro um dossiê sobre o caso, pedindo que a investigação fosse retomada, mas até agora não obteve nenhuma posição. E cobrou: "Então, ministro, cadê a resposta?"
Ao iniciar seu discurso, Tarso Genro se limitou a lamentar: "Em nosso país ainda temos situações de impunidade". Mas em nenhum momento se referiu ao pedido feito pela dona-de-casa.
Para o ministro, "tem leis que não pegam, que não se colam com a vida. Essa lei colou". Tarso Genro afirmou que a fiscalização precisa ser intensa agora "para que daqui a dois, três anos não precise mais de fiscalização. Que seja uma cultura, um hábito, modo de vida".
A Folha consultou o Ministério da Justiça para confirmar a entrega do dossiê sobre Thiago Rocha. O órgão não se manifestou.


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