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RODOVIAS PRIVATIZADAS
Órgão para controlar atuação de concessionárias ainda precisará de aprovação de deputados
Agência reguladora não saiu do papel
DA REPORTAGEM LOCAL
A iniciativa privada já administ
ra parte da malha rodoviária pauli
sta desde 1998, mas, até agora, a pr
oposta de criação de uma agência
reguladora dos transportes, que d
everia controlar a atuação das con
cessionárias, ainda não saiu do pa
pel.
A Comissão de Concessões da S
ecretaria de Estado dos Transport
es vem desempenhando esse pape
l com poderes restritos, conforme
admite Manuel Bandeira, coorde
nador administrativo e financeiro
do órgão. "Não temos as melhore
s condições para fiscalizar. Somos
um grupo pequeno, de 60 pessoas
, muita gente com férias vencidas"
, afirma.
O projeto de criação de uma agê
ncia reguladora foi apresentado p
elo então governador Mário Cova
s (PSDB) à Assembléia Legislativa
de São Paulo somente em 2000, q
uase dois anos depois que parte d
as estradas começou a ser repassa
da à iniciativa privada.
Atualmente, da malha rodoviári
a de mais de 22 mil km, 3.500 km s
ão administrados por 12 concessi
onárias. Três dessas empresas só c
omeçaram a operar no ano passa
do. O restante é de responsabilida
de de Dersa e DER.
Na Assembléia, a proposta da ag
ência recebeu emendas de deputa
dos estaduais e, segundo Bandeir
a, a expectativa é que a aprovação
ocorra ainda este ano.
"Haverá uma estrutura própria,
com condições de fazer concursos
para a contratação de funcionário
s, haverá mais liberdade para a co
ntratação de consultorias. Hoje, 9
0% dos nossos quadros são do De
rsa", afirma Bandeira.
Mudanças
O ex-secretário estadual dos Tra
nsportes Adriano Branco (govern
o Franco Montoro) participou do
grupo de trabalho para a criação d
a agência reguladora e diz que a te
ndência, após a criação do órgão,
é que haja mudanças contratuais.
"O modelo já mostrou algumas vi
rtudes e defeitos."
Ele cita a construção de passarel
as nas estradas de São Paulo como
parte das obras que podem ser ant
ecipadas. "Um contrato não pode
ser forte durante 20 anos. As nece
ssidades vão mudando, não é pos
sível prever todas com antecedên
cia. Elas não serão as mesmas dep
ois de dez anos. Os próprios empr
esários já estão admitindo a possi
bilidade de flexibilizar."
(ALENCAR IZIDORO)
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