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PMs e bombeiros que trabalharam na área têm seqüelas, afirma associação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA
A maioria dos bombeiros e
policiais militares que participaram dos trabalhos de isolamento da área, onde ocorreu a
tragédia em 1987, e de ajuda às
vítimas possui seqüelas físicas,
segundo a Associação de Militares Vítimas do Césio.
Uma sindicância que tramita
na Polícia Militar mostra que,
de um grupo de 208 pessoas
que trabalharam no local, 205
apresentam seqüelas. Os casos
mais comuns são de alergias e
problemas ósseos e estomacais.
Oito policiais já morreram.
Um dos policiais que liderou
as operações diz que os PMs foram ameaçados de serem processados por insubordinação se
houvesse recusa ao serviço.
O secretário da associação,
Santos Manoel de Almeida, diz
que os policiais atuaram no local com a farda comum -sem
equipamentos de proteção- e
não foram avisados sobre as
conseqüências da exposição.
No princípio dos trabalhos, segundo ele, foi dito que se tratava de um vazamento de gás. Líderes das operações negam.
Os 208 profissionais formam
um grupo em processo de promoção por "ato de bravura" pela exposição. Dos cerca de 600
PMs e bombeiros da operação,
120 foram reconhecidos como
vítimas e recebem pensão do
governo do Estado.
Câncer
A Associação de Vítimas do
Césio-137 monitora, informalmente, o número de casos de
câncer na região do ferro-velho
onde a cápsula foi aberta. Desde a tragédia, 70 pessoas que
moram na região desenvolveram a doença, segundo a pesquisa. O governo do Estado diz
que pesquisas feitas na cidade
pelo Registro de Câncer, ligado
à Organização Mundial de Saúde, mostram que os casos de
câncer aumentaram na última
década na mesma proporção do
que em outros municípios.
(FB)
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