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FGV do Rio obtém a maior nota no ranking do MEC
Faculdades privadas "temáticas" recebem as 4 maiores notas, superando a Unifesp
Além de duas faculdades da FGV do Rio, a escola de administração da FGV de SP e um curso de odontologia de Campinas estão entre as top
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
As faculdades privadas com
foco em uma determinada área
foram as que obtiveram as quatro maiores notas no índice geral de cursos, indicador do
MEC que busca avaliar a qualidade das escolas superiores.
A líder foi a Escola Brasileira
de Economia e Finanças, da
FGV do Rio, que ficou com 483
pontos em 500 possíveis, acima
dos 439 pontos da Unifesp, líder na categoria universidades.
Em seguida vieram a Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic (Campinas), com
482; a Escola de Administração
da FGV do Rio (467); e a Escola
de Administração da FGV de
São Paulo (458).
"Essas escolas são como butiques. Quem pode pagar vai ter
um ensino de altíssima qualidade, pois elas têm graduação e
pós-graduação muito fortes,
com boa infra-estrutura e corpo docente", disse o pesquisador Oscar Hipólito, do Instituto Lobo e ex-diretor do Instituto de Física da USP-São Carlos.
Em geral, as mensalidades
passam dos R$ 1.000 - a Escola
de Economia da FGV do Rio,
por exemplo, cobra R$ 1.320; o
curso de administração da FGV
de SP, mais de R$ 2.000.
"Elas conseguem alto grau de
especialização por serem focadas. Por outro lado, os alunos
não têm um convívio com outras áreas, como em uma universidade", disse Hipólito.
Segundo Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV, os
resultados não surpreendem.
No caso da escola com melhor
avaliação (economia e finanças), ele diz que o vestibular é
rigoroso. "Poderíamos ter mais
alunos, mas fazemos um processo de seleção rigoroso porque o objetivo é formar os melhores. Queremos ser reconhecidos como um curso de excelência internacional", diz ele.
Se por um lado as faculdades
estão entre as instituições top
do país, 28,1% dessas escolas
obtiveram conceitos 1 ou 2
(os mais baixos).
"Esse tipo de organização
possui os extremos, pois toda
instituição tem de começar como faculdade. Por isso, muitas
escolas são novas, sem a devida
estrutura", disse Hipólito.
Das 21 instituições que obtiveram conceito 5 (o maior, com
notas entre 395 e 500), apenas
três são universidades.
As universidades possuem
mais autonomia para abrir cursos e vagas, mas têm de cumprir exigências como contar
com um terço do corpo docente
com a titulação de mestre ou
doutor. Já as faculdades não
precisam cumprir regras como
essa, mas precisam de autorização do MEC para abrir cursos.
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