São Paulo, sexta-feira, 09 de setembro de 2011

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Viagem de mãe e filho era para durar cinco dias

DE SÃO PAULO

A Folha não conseguiu contato com Jefferson e Ana Ribeiro, testemunhas de acusação de Eid e Oliveira. A partir de seus depoimentos à Justiça, contudo, é possível reconstruir a saga da família: Jefferson entrou como turista nos EUA em novembro de 2004. Depois que seu visto expirou (em 2005), ele continuou na Flórida, ilegalmente.
A mulher foi atrás, levando Iago, então com 5 anos. Jefferson aceitou a oferta de um conhecido, chamado Mauricio Freitas. Por US$ 18 mil, ele levaria mãe e filho, em uma viagem de cinco dias.
Mas durou 40 dias. Ana deixou o Brasil sem dinheiro, com destino à Cidade do México. Na capital mexicana, um homem pegou mãe e filho no aeroporto e levou-os para um hotel. Ficaram lá três dias.
Outro homem conduziu-os para uma casa perto da fronteira, onde 40 brasileiros esperavam para atravessar. Ana não podia sair.
O dono da casa era um tal de João, que telefonou a Jefferson exigindo pagamento. Ameaçou dizendo que mãe e filho passariam fome e não atravessariam até que ele recebesse o combinado. Ali ficaram confinados por dez dias.
Sem que se explique como, a viagem foi retomada. Ana e o filho viajaram escondidos na traseira de um caminhão. Atravessaram uma "barreira militar" debaixo do assento de um outro caminhão. Até que chegaram a Costa Mesa, onde encontraram Oliveira e Eid, que os levariam até Jefferson.


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