São Paulo, segunda-feira, 09 de outubro de 2000

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RIO
Após batida de trânsito, policial teria começado a atirar
PM investiga se soldado foi vítima de assalto ou deu início a conflito

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um soldado da PM disse ontem que sete homens teriam atirado contra ele. Mas a Polícia Militar tem dúvidas e abriu sindicância para apurar os fatos.
A dúvida é se o policial foi vítima de ação criminosa ou se ele deu início a um conflito por ter agido de maneira imprudente.
Em depoimento à 24ª Delegacia Policial, o soldado César Bernardo Ferreira (a idade não foi revelada) disse que dirigia seu carro na avenida Automóvel Clube, no Engenho da Rainha (zona norte), quando foi fechado por um Chevette com três homens, causando uma batida. Ferreira teria se apresentado como policial e pedido que todos saíssem do carro. Nesse momento, outro Chevette com mais três pessoas teria chegado.
Segundo o soldado, os supostos bandidos o renderam e anunciaram um assalto, contando com o apoio de um sétimo homem que vinha à pé com uma pistola 45 dando tiros em sua direção.
Só então o soldado teria revidado. Após fugir e se abrigar numa capela, Ferreira pediu reforço da PM, que enviou quatro carros ao local. Mas os sete homens já haviam ido embora com seu celular.
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Wilton Ribeiro, essa não é a versão que a entidade tem. O relatório do 3º Batalhão indica que bateram no carro de Ferreira e que ele teria saído atirando e dizendo que prenderia todos. Os donos do Chevette teriam fugido.
"O soldado foi imprudente e sacou a arma depois que participou de um simples acidente de trânsito. Deslocou várias patrulhas para uma ocorrência que não precisava disso. Uma sindicância interna já foi aberta", disse Ribeiro.



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