|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Ele não ingeriu álcool, diz advogado
Segundo o advogado Eduardo Cury, acidente foi uma fatalidade e poderia acontecer com qualquer um
DA AGÊNCIA FOLHA
O advogado de Wagner Grossi, Eduardo Cury, afirmou ontem que o promotor não ingeriu bebidas alcoólicas na noite
do acidente. De acordo com ele,
o que aconteceu com seu cliente pode ocorrer com qualquer
motorista.
"Foi uma fatalidade. Qualquer pessoa poderia ter se envolvido [em um acidente como
esse]. Tudo será apurado dentro do rigor da lei, e nós vamos
nos defender." Cury afirmou
que Grossi permanecia na noite de ontem em Araçatuba, onde mora, e estava recebendo
medicação.
Cury negou que o promotor
estivesse "visivelmente embriagado", como constatou um
policial que atendeu a ocorrência. Afirmou também que, em
razão de estar escuro, não era
possível que alguém visse algo
que pudesse estar em sua mão.
Um parente da vítima disse que
ele segurava uma lata de cerveja ao sair do carro.
Transtornado
"Ele não bebeu. Estava transtornado por ter acabado de sair
do acidente. Ele tinha batido a
cabeça também, o que gerou
posteriormente atendimento
médico." Sobre a caixa com cervejas geladas encontrada no
veículo, o advogado disse desconhecer o fato. Cury disse que
Grossi não tinha condições de
atender a reportagem ontem.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho,
afirmou que o promotor não foi
preso porque o delegado entendeu que era crime culposo.
"Não foi o caso [de prisão em
flagrante] pelo fato de o delegado de polícia ter entendido que
se trata de infração culposa,
embora grave", disse Pinho.
"Fosse promotor ou não, estaria respondendo o processo em
liberdade", acrescentou.
O promotor pediu licença
médica por 15 dias. Depois volta às suas atividades -o crime
de homicídio culposo não justifica o afastamento, diz Pinho.
(JER)
Texto Anterior: Promotor invade contramão e mata família Próximo Texto: Frase Índice
|