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Garoto de 11 anos é suspeito de roubar veículo no Brooklin
Dois jovens dizem ter sido abordados pelo menino, que estava armado e junto com um outro rapaz de 19 anos
Roubo teria incluído ainda celular; mesmo reconhecido pelas vítimas, garoto foi liberado por não ter idade para ficar na ex-Febem
CARLA MONIQUE BIGATTO
DO "AGORA"
Um menino de 11 anos foi detido pela polícia na noite de anteontem suspeito de assaltar
um estudante no Brooklin (zona sul de São Paulo). A criança e
um rapaz de 19 anos foram reconhecidos pela vítima como
autores do roubo de um carro e
de um celular. Mas o menino
não tem idade para ser encaminhado a cumprir medida socioeducativa na Fundação Casa
(antiga Febem) e por isso seria
devolvido à família, ontem à
noite. A instituição recebe adolescentes com 12 anos ou mais.
Além da dupla, foi presa uma
empregada doméstica que é
suspeita de ter comprado o celular roubado por R$ 30.
O assalto foi às 21h50. A vítima deixava uma festa alemã
promovida nas ruas do Brooklin, com um amigo. Eles dizem
ter sido abordados pela dupla
na rua Joaquim Nabuco. Segundo o estudante, a criança
segurava a arma. "Ele entregou
o revólver para o outro, quando
vieram me assaltar."
O estudante diz ter sido
ameaçado e obrigado a entregar o carro -um Gol ano 2001-
e o celular. Ele chamou a PM e
registrou a ocorrência em uma
delegacia perto de casa, na Capela do Socorro (zona sul).
Horas mais tarde, o policial
que registrou o roubo notou
que um veículo com as mesmas
características do carro do estudante estava estacionado no
quarteirão de uma base da PM.
Ele ficou aguardando e, às
23h45, diz ter visto Wilton Macedo, 19, e o garoto de 11 anos
entrando no carro. O policial
deu voz de prisão, mas a dupla
tentou fugir. Macedo dirigiu
por dois quarteirões e bateu
contra um poste numa rua do
Campo Belo. Eles não se feriram, mas acabaram detidos.
Com a dupla, a polícia diz ter
apreendido um chip de celular
e R$ 62. Na delegacia, eles foram reconhecidos pelas duas
vítimas. Depois, confessaram o
crime, segundo a polícia. O menor de idade disse ter vendido o
telefone por R$ 30 a uma moradora de uma favela. Ele indicou
o local onde a mulher foi presa
com o telefone.
Enquanto esperava pela liberação do filho de 11 anos no 27º
DP (Campo Belo), sua mãe o
definiu como "um bom menino". "Ele é educado, nunca tinha se envolvido com essas coisas. Fez isso por causa das más
companhias", disse.
A reportagem não conseguiu
falar com Wilton Macedo.
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