DA REPORTAGEM LOCAL

Antonio Marcos Massola, 57, diretor da Escola Politécnica e diretor-executivo da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp), diz que, para o dinheiro aplicado na USP ser investido de maneira mais eficiente, é necessário dar condições para que a tecnologia possa fluir dentro da universidade e levar adiante programas de racionalização.

Folha - Como transformar a universidade pública em uma instituição transparente?
Antonio Marcos Massola - Divulgar tudo que essa universidade faz à comunidade. Para isso, basta usar os mecanismos que já existem, tornando-os acessíveis àqueles que desejem saber como está sendo feita a administração na universidade, por meio da web, do jornal e da rádio da USP.

Folha - Como tornar o uso do dinheiro público mais eficiente?
Massola - Tentando melhorar a sua administração -de forma a minimizar a burocracia- e a infra-estrutura da USP, dando condições para que a tecnologia possa fluir dentro da universidade, facilitando a vida de todo mundo. Aí tem também os programas de racionalização de água, energia e mecanismos de telecomunicação.

Folha - Qual deve ser a contribuição da USP no debate sobre o desenvolvimento do país?
Massola - A USP possui um número grande de competências e uma série de atuações do interesse do Estado e do governo federal. A partir desses programas ela deve sugerir mecanismos de transformação das políticas e de apoio a atividades, principalmente nas áreas de saúde e educação.

Folha - As fundações são vistas como um processo de privatização da USP. O que o sr. acha disso?
Massola - Não acho. Considero que as fundações tenham surgido para atingir um determinado objetivo. A universidade, desde 1970, está acentuando a sua burocracia. Consequentemente apareceram outros mecanismos de apoio para ela se desenvolver. Entretanto devem ser estabelecidos mecanismos claros e transparentes de controle dos recursos que essas fundações devem transferir para a USP e dos programas que elas desenvolvem.


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