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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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PLANTÃO MÉDICO

Aspirina pode ter nova aplicação

JULIO ABRAMCZYK

Há mais de cem anos, dois remédios iniciaram uma vitoriosa caminhada por diferentes rotas. Em 1899, na Alemanha, o ácido acetilsalicílico (AAS) chegou às farmácias sob o nome comercial de Aspirina. Em 1866, uma pequena farmácia de Atlanta, nos Estados Unidos, começou a vender um xarope que, depois de diluído e gelado, tornou-se o refrigerante conhecido até hoje pelo nome de Coca-Cola.
Enquanto o refrigerante continua sendo apenas uma bebida, o AAS, ao longo dos anos, vem tendo novas indicações terapêuticas. Ele pode prevenir o infarto e ser usado como antitérmico e antiinflamatório. É contra-indicado, entretanto, para pessoas com problemas gástricos.
Atualmente, relata no editorial do "British Medical Journal" de ontem a médica Eva M. Kohner, do St. Thomass Hospital, de Londres, estão sendo conduzidos em cães e ratos diabéticos estudos sobre a atividade do AAS na retinopatia diabética (alterações provocadas pelo diabetes na retina, a camada mais interna do olho, que recebe os estímulos visuais e os transmite ao cérebro através do nervo óptico).
Os estudos sobre a eficácia do ácido acetilsalicílico para essa doença ocular não são conclusivos por ausência de ensaios clínicos em seres humanos.
Mas, como a pesquisa básica sugere efeitos benéficos, poderá ser mais uma indicação terapêutica dessa substância centenária se comprovada a eficiência clínica.



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