UOL


São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sono ruim pode se tornar fator de obesidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A relação entre a obesidade e distúrbios de sono foi um dos temas principais no 9º Congresso Brasileiro de Sono, afirma Sérgio Barros, que presidiu o encontro.
Segundo Francisco Hora Fontes, coordenador do Laboratório do Sono da Beneficência Portuguesa de Salvador, o sobrepeso (IMC a partir de 30) e a obesidade mórbida (IMC acima de 40) trazem maior risco de apnéia do sono -redução da da respiração enquanto a pessoa dorme. A gordura atrapalha a passagem do ar pelas vias aéreas superiores.
O IMC é o Índice de Massa Corpórea (peso dividido pela altura ao quadrado).
Mais de 50% dos obesos mórbidos têm apnéia, que causa sucessivos despertares e pode levar à morte.
Pessoas que têm uma distribuição de gordura andróide (corpo em formato de maçã), com circunferência do pescoço acima de 43 centímetros, têm maior risco de ter o problema, diz. Homens têm mais esse padrão. Mulheres podem adquiri-lo após a menopausa.
Na direção inversa, o sono ruim também pode favorecer a obesidade. Obesos com problemas para dormir têm menos energia para fazer exercícios físicos.
Distúrbios respiratórios do sono também têm relação com doenças cardiovasculares, como a hipertensão, pois levariam a danos nas artérias. "Aumenta o risco de infarto e morte súbita", afirma Fontes. Segundo a cardiologista Fátima Cintra, da Unifesp, o distúrbio respiratório do sono leva o corpo a ficar sob efeito constante do estresse, o que causa os prejuízos no coração. (FL)


Texto Anterior: Saúde: Insones crônicos estão sempre alertas
Próximo Texto: Plantão médico: Aspirina pode ter nova aplicação
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.