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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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Freira cuida de "hospital" em plena selva

DO ENVIADO ESPECIAL

Descendo a meio caminho entre Iuareté e São Gabriel da Cachoeira, fica Taracuã. Foi a mais imponente das instalações salesianas na chamada Boca do Cachorro. Uma matriz de duas torres e dois imensos e vazios pavilhões que já abrigaram 600 meninas e meninos indígenas em regime de internato.
Hoje, além da pequena aldeia e alguns padres e freiras, a irmã Rose toca um hospital que não tem médicos, apenas seus cuidados. "Se o doente quer trazer o benzedor, que traga, desde que coma", diz irmã Rose.
Uma das tarefas que essa freira se atribuiu foi coletar os usos de ervas medicinais dos povos que habitam a região. Um índio vai de aldeia em aldeia, ouvindo e anotando o nome das plantas e seus benefícios. Irmã Rose já reuniu informações para um livro que será lançado em breve com apoio de instituições internacionais.
O antropólogo Renato Athias é cético quando se fala de plantas. "Para o indígena, a cura nunca vem apenas de uma erva. A planta faz parte de um ritual, sem os quais a cura não acontece."



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