|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANDRÉ MAURICIO DE ANDRADE RIBEIRO (1928-2008)
Traduções técnicas de um engenheiro
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A saída que André Mauricio de Andrade Ribeiro
achou para o próprio sustento, durante a época da faculdade, no Rio, foram as traduções de livros técnicos do inglês para o português. Alguns
foram publicados.
Falava também alemão, e
do francês chegou a traduzir
um romance policial. Era fã
da britânica Agatha Christie.
Nascido em Itanhandu, no
sul de Minas Gerais, mudou-se com os pais, bem menino,
para Belo Horizonte. O pai tinha uma farmácia, que a
mãe, depois de ficar viúva,
tocou até os 83 anos.
No Rio de Janeiro, cursou
engenharia na década de 50.
Por um ano, estudou engenharia química no Texas, Estados Unidos. Foi em Cubatão, porém, que iniciou a carreira. Trabalhou na Cosipa
(Companhia Siderúrgica
Paulista) e na Petrobras.
Em Santos, conheceu a
mulher. Casou-se em 1957 e
teve três filhas. Muitos anos
depois, a família cresceu: vieram os oito netos e o bisneto.
Foi em 1961 que se mudou
para São Paulo, a trabalho -a
aposentadoria, como engenheiro, veio nos anos 90. Na
capital, morou pelo resto da
vida -morreu na quinta, aos
80, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).
Brincalhão, tinha a mania
de recitar trechos de obras. A
filha ainda se lembra do
"Além, muito além daquela
serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema"
que sempre ouvia do pai.
"O que vinha à cabeça, Camões, qualquer coisa, ele recitava", lembra a filha. A frase sobre Iracema é do romance de José de Alencar.
obituario@folhasp.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Empresários "faturam" com soluções para caos de SP Índice
|