São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2008

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ANDRÉ MAURICIO DE ANDRADE RIBEIRO (1928-2008)

Traduções técnicas de um engenheiro

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A saída que André Mauricio de Andrade Ribeiro achou para o próprio sustento, durante a época da faculdade, no Rio, foram as traduções de livros técnicos do inglês para o português. Alguns foram publicados.
Falava também alemão, e do francês chegou a traduzir um romance policial. Era fã da britânica Agatha Christie.
Nascido em Itanhandu, no sul de Minas Gerais, mudou-se com os pais, bem menino, para Belo Horizonte. O pai tinha uma farmácia, que a mãe, depois de ficar viúva, tocou até os 83 anos.
No Rio de Janeiro, cursou engenharia na década de 50. Por um ano, estudou engenharia química no Texas, Estados Unidos. Foi em Cubatão, porém, que iniciou a carreira. Trabalhou na Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista) e na Petrobras.
Em Santos, conheceu a mulher. Casou-se em 1957 e teve três filhas. Muitos anos depois, a família cresceu: vieram os oito netos e o bisneto.
Foi em 1961 que se mudou para São Paulo, a trabalho -a aposentadoria, como engenheiro, veio nos anos 90. Na capital, morou pelo resto da vida -morreu na quinta, aos 80, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).
Brincalhão, tinha a mania de recitar trechos de obras. A filha ainda se lembra do "Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema" que sempre ouvia do pai.
"O que vinha à cabeça, Camões, qualquer coisa, ele recitava", lembra a filha. A frase sobre Iracema é do romance de José de Alencar.

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