São Paulo, segunda, 9 de novembro de 1998

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Excedente vira sopa na BA

da Agência Folha, em Salvador

A partir de novembro, famílias carentes e cerca de 300 entidades assistenciais (creches, asilos e orfanatos) da capital baiana vão receber gratuitamente uma lata de sopa produzida com os alimentos excedentes da Ceasa (Central de Abastecimento de Salvador).
Processada e embalada em uma indústria capaz de fabricar 500 latas diárias do produto, a sopa contém três tipos de tubérculos, três de legumes, três folhosas, arroz, proteína de soja, carne ou frango.
O projeto "Nossa Sopa" é desenvolvido pela Ebal (Empresa Baiana de Alimentos) em parceria com as Voluntárias Sociais (entidade filantrópica formada por mulheres) e tem um custo mensal de R$ 68 mil.
A Ebal investiu R$ 600 mil na instalação da fábrica e promoveu uma campanha antidesperdício para convencer os comerciantes da Ceasa a participar do projeto, além de colocar à disposição funcionários para trabalhar na seleção dos alimentos, no fabrico e na inspeção de qualidade da sopa.
A fábrica da "Nossa Sopa" recebe, diariamente, de 800 kg a 1 tonelada de alimentos considerados excedentes de comercialização. Só são aproveitados os alimentos com qualidade para consumo. Antes da campanha antidesperdício, a margem de perda de alimentos na central variava de 8% a 10%.

Parceria
A Secretaria Municipal do Trabalho também desenvolve um projeto antidesperdício em parceria com os restaurantes Baby-Beef de Salvador -o projeto "Sopão", que funciona há um ano e já distribuiu 39.400 litros de sopa.
Todos os dias, a secretaria recolhe o excedente de comercialização dos restaurantes para preparar uma sopa que é distribuída aos frequentadores do Albergue Noturno e da Casa de Passagem de Salvador -locais onde a prefeitura hospeda migrantes pobres e mendigos.



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