|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Vítimas eram reféns da mesma quadrilha em SP; Polícia Militar chegou a seqüestradores em favela por acaso
Estudante de direito e idosa são libertados
"DO AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia de São Paulo conseguiu ontem pôr fim em dois seqüestros após uma patrulha de
rotina na favela do Fiozão, em
Americanópolis (zona sul), durante a madrugada. As vítimas
eram um estudante de direito de
20 anos, seqüestrado desde o último dia 1º de novembro, e uma
mulher de 70 anos, seqüestrada
desde o dia 28 de outubro.
O fim dos crimes começou
quando a Polícia Militar patrulhava a região da favela por volta da
1h e decidiu perseguir um suspeito. Segundo o sargento Moizaniel
José Moreira, do 22º Batalhão, ao
notar a chegada do carro policial,
o suspeito fugiu atirando.
Enquanto o perseguiam, os
PMs notaram que outro homem
saiu correndo de um barraco
-era Jair Santos Nogueira, 20.
Ele foi perseguido e preso, enquanto o outro conseguiu fugir.
Ao entrarem no barraco de onde Nogueira havia saído, os policiais encontraram, em um de seus
dois cômodos, o estudante sem
roupas e amarrado em uma cama.
No local também havia um colete
à prova de balas, um rádio comunicador e um revólver calibre 38.
O estudante, filho de uma família árabe que possui uma rede de
lojas de artigos a R$ 1,99, foi seqüestrado por três homens que
entraram na casa de sua família,
em Diadema (Grande SP).
Depois do seqüestro, o grupo
entrou em contato com a família
pedindo R$ 1 milhão. O valor caiu
para R$ 500 mil.
Mal alimentado, o estudante foi
levado ao Pronto Socorro Pedreira e, após ser medicado, foi liberado e está com a família.
Horas depois, a polícia deteve
dentro da favela Rodrigo Simão
de Jesus Correia, 18, apontado como aquele que teria trocado tiros
com os policiais militares.
Durante depoimento prestado
na DAS (Delegacia Anti-Seqüestro), os seqüestradores teriam revelado os nomes de outros integrantes e do líder do grupo (não
divulgado) -que estaria comandando outra ação.
À tarde, o suposto líder do grupo foi preso. Sua quadrilha mantinha desde o dia 28 de outubro outra refém em cativeiro. Era uma
mulher de 70 anos que havia sido
seqüestrada no bairro de Jabaquara (zona sul).
Durante seu depoimento, ele teria concordado em ligar para o
restante da quadrilha e dado a ordem para libertar a refém.
A mulher foi deixada dentro do
porta-mala de um carro na avenida Cupecê, região de Americanópolis (zona sul).
Na última segunda-feira, um
comerciante, também da capital,
foi solto por seqüestradores após
pagar R$ 11 mil ao bando.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Sob suspeita: Promotor diz que Saulo negou apoio Índice
|