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MEMÓRIA
Prédio da USP no centro recebe pintura antipichação e o nome da faculdade na entrada
Largo São Francisco reinaugura fachada
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem bem a restauração da
fachada da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, foi entregue à população,
ontem à tarde, e o diretor da
unidade, Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi, já está preocupado com possíveis pichações.
Traumatizada, já que nem
com a recuperação do prédio
foi possível tirar todas as pichações anteriores, a diretoria elaborou uma lista com sete providências para evitar novos ataques ao prédio, de 1934.
A primeira delas foi cobrir o
térreo com um silicone antipichação. A segunda, colocar cabines de vigilância 24 horas na
parte externa da faculdade. Outra providência foi começar
doar a entidades sociais o dinheiro que seria gasto apagando pichações. "Grafiteiros e pichadores passam a respeitar os
locais que tomam essa iniciativa", afirma Marchi.
Pedir para a prefeitura aumentar a iluminação no largo e
colocar uma base da Guarda
Civil Metropolitana na região
também estão na lista. "Já disseram que será possível melhorar a iluminação. Mas não há
efetivo para a base da GCM."
As duas últimas providências
foram enviar ofícios ao Ministério Público e à Secretaria da
Segurança Pública pedindo para que seja criado o "corredor
antipichação" no setor que engloba a faculdade, as igrejas ao
seu redor e mais alguns prédios
históricos da área. "Assim, a vigilância policial seria mais intensiva nesta região."
Além da recuperação da fachada, que durou um ano e oito meses e consumiu cerca de
R$ 2 milhões, a unidade ganhou a impressão do seu nome
na entrada principal. "Pode parecer incrível, mas a faculdade
não tinha nenhuma identificação. Muita gente passava na
frente e achava que era uma
continuação da igreja de são
Francisco", conta Marchi.
"Agora, todos saberão que é a
Faculdade de Direito."
O nome foi gravado segundo
o previsto no projeto original,
de Ramos de Azevedo. "Por algum motivo, a gravação não
havia sido feita."
Ex-alunos famosos, como a
escritora Lygia Fagundes Telles, foram à cerimônia.
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