São Paulo, sexta-feira, 09 de dezembro de 2005

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MEMÓRIA

Prédio da USP no centro recebe pintura antipichação e o nome da faculdade na entrada

Largo São Francisco reinaugura fachada

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem bem a restauração da fachada da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, foi entregue à população, ontem à tarde, e o diretor da unidade, Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi, já está preocupado com possíveis pichações.
Traumatizada, já que nem com a recuperação do prédio foi possível tirar todas as pichações anteriores, a diretoria elaborou uma lista com sete providências para evitar novos ataques ao prédio, de 1934.
A primeira delas foi cobrir o térreo com um silicone antipichação. A segunda, colocar cabines de vigilância 24 horas na parte externa da faculdade. Outra providência foi começar doar a entidades sociais o dinheiro que seria gasto apagando pichações. "Grafiteiros e pichadores passam a respeitar os locais que tomam essa iniciativa", afirma Marchi.
Pedir para a prefeitura aumentar a iluminação no largo e colocar uma base da Guarda Civil Metropolitana na região também estão na lista. "Já disseram que será possível melhorar a iluminação. Mas não há efetivo para a base da GCM."
As duas últimas providências foram enviar ofícios ao Ministério Público e à Secretaria da Segurança Pública pedindo para que seja criado o "corredor antipichação" no setor que engloba a faculdade, as igrejas ao seu redor e mais alguns prédios históricos da área. "Assim, a vigilância policial seria mais intensiva nesta região."
Além da recuperação da fachada, que durou um ano e oito meses e consumiu cerca de R$ 2 milhões, a unidade ganhou a impressão do seu nome na entrada principal. "Pode parecer incrível, mas a faculdade não tinha nenhuma identificação. Muita gente passava na frente e achava que era uma continuação da igreja de são Francisco", conta Marchi. "Agora, todos saberão que é a Faculdade de Direito."
O nome foi gravado segundo o previsto no projeto original, de Ramos de Azevedo. "Por algum motivo, a gravação não havia sido feita."
Ex-alunos famosos, como a escritora Lygia Fagundes Telles, foram à cerimônia.


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