São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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ENTENDA A INVESTIGAÇÃO

GRUPO DE EXTERMÍNIO
Mais de 30 pessoas foram assassinadas em Osasco em circunstâncias que apontam ação de um grupo de extermínio formado por PMs. O grupo se intitularia "Eu sou a morte". Os integrantes agem encapuzados

ALVO
O objetivo seria matar supostos criminosos. Boa parte das vítimas tinha antecedentes criminais. Mas o grupo também matou pessoas sem passagem pela polícia e moradores por engano

AÇÃO
Depoimento de testemunhas e as circunstâncias do crime apontam ação de PMs: os tiros são de pistolas .40 e 9 mm (uso exclusivo da força policial), as placas dos veículos são cobertas com plástico (esse cuidado não é comum em acerto de contas entre bandidos), testemunhas afirmam que os ataques ocorreram logo após a passagem de um carro da PM (eles dariam o sinal para os matadores encapuzados) e testemunhas falam que PMs chegam no local minutos depois do crime e recolhem cápsulas.

PRISÕES
Em setembro, após investigação da Polícia Civil de Osasco, a Justiça decretou a prisão do PM Natanael Viana de Freitas e do informante José Ednaldo dos Santos, o Gaguinho. Freitas continua preso, e Santos, foragido. Eles são acusados pela morte do motoboy Ricardo Pereira de Oliveira, em julho passado

AFASTAMENTOS
Também em setembro, outro PM foi preso administrativamente, e mais 19 policiais militares de Osasco foram afastados para serviços burocráticos, fora das ruas

PRINCIPAL TESTEMUNHA
Rita de Cássia Oliveira, 35, principal testemunha do caso de Anderson Cruz Cunha, foi morta um mês depois. Dois homens encapuzados, em uma moto, deram quatro tiros em seu rosto. Segundo vizinhos, ela falava no bairro que denunciaria a farsa em seu depoimento à Polícia Civil. Foi morta quatro dias antes


Fonte: Polícia Civil e Polícia Militar de São Paulo


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