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De um lado, o caos; do outro, a paz de uma manhã de domingo
PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto em várias partes
da cidade o paulistano enfrentou o caos para ir de um lado a
outro, em outras regiões o trânsito esteve "tão tranquilo como
em uma manhã de domingo".
"O "miolo" [região central] está vazio. Há muito tempo não
vejo as ruas sem carros assim",
disse o taxista Elton Galdino,
42, que trabalha em um ponto
da rua Padre João Manuel, na
região da Paulista.
Segundo a assessoria da CET,
boa parte dos carros que circulariam normalmente pelo centro e arredores ficaram represados em trechos alagados nos
principais corredores de tráfego da cidade -as marginais.
Por volta das 15h, a média de
lentidão no gráfico de trânsito
da CET era de zero quilômetro,
uma raridade para uma tarde
comum de terça-feira.
Para o empresário Itaguacy
Ibrahim, 46, que foi do Brooklin (região sul) à avenida Paulista, por volta das 16h35, a cidade pareceu "surpreendentemente vazia". "Cheguei em 30
minutos. Normalmente, gastaria, no mínimo, o dobro."
As notícias preocupantes divulgadas pela manhã colaboraram para deixar o "miolo" de SP
livre. A compradora Lúcia Soares, 37, por exemplo, preferiu
trabalhar em casa. "Gastaria
um tempo enorme no trânsito.
Meu dia rendeu muito mais."
O promotor Marcos Correia,
41, que mora em Santana (zona
norte) e trabalha na rua Peixoto Gomide, preferiu usar o metrô (mesmo gastando 20 minutos a mais que de carro). "Já levei mais de uma hora no trânsito, em dia de chuva."
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