São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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Após chuva, Kassab eleva verba antienchente

Proposta que foi aprovada ontem em primeiro turno na Câmara prevê para o ano que vem R$ 400 milhões para a área

Valor é quase R$ 100 mi a mais que o reservado para este ano; mudanças foram feitas após as fortes chuvas dos últimos dias na capital

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo incluiu a toque de caixa no Orçamento de 2010 mais recursos para o combate a enchentes.
A proposta aprovada ontem em primeiro turno na Câmara Municipal, por 41 votos a 13 e uma ausência, prevê para o ano que vem R$ 400 milhões para a área, quase R$ 100 milhões a mais do que o reservado neste ano. Será o maior investimento antienchente da gestão Gilberto Kassab (DEM), caso cumpra o previsto no Orçamento.
A peça ainda precisa passar por uma segunda votação, além de ser sancionada pelo prefeito.
A verba extra foi adicionada pelo relator do Orçamento, o governista Milton Leite (DEM), após as fortes chuvas deste final de ano, que só ontem deixaram ao menos seis pessoas mortas na Grande SP.
O reforço foi possível por causa de receitas extras, como a do aumento do IPTU. A drenagem do córrego Aricanduva, na zona leste, que tinha R$ 15 milhões previstos originalmente, contará com R$ 40 milhões.
No início deste mês, o córrego Caboré, localizado nas proximidades, transbordou, inundando dezenas de barracos.
A construção de um piscinão na região passou a ter R$ 11 milhões, em vez dos R$ 3 milhões da proposta original de Kassab.
Embora esses recursos estejam destinados a ações e projetos de controle de enchentes, isso não significa que todo o montante será gasto em melhorias. Neste ano, apenas 77% do que estava previsto para controle das chuvas foi executado até agora. Da verba para os piscinões, por exemplo, Kassab não gastou nem 8%.

Propaganda recorde
Se no todo a verba antienchente aumentou, algumas ações pontuais para evitar tragédias em dias de chuva continuarão com pouco dinheiro em 2010. É o caso das ações em áreas de risco, onde há perigo de desmoronamento. O setor terá R$ 25 milhões, diante dos R$ 126 milhões que o prefeito reservou para propagandas.
No total, o Orçamento do ano que vem é de R$ 28,8 bilhões. Para a oposição, o valor deve superar R$ 30 bilhões, já que os governistas excluíram da peça alguns repasses da União, por exemplo. Os parlamentes têm até amanhã para apresentar emendas para a votação em segundo turno, que deve ocorrer na quarta da semana que vem.


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