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Após chuva, Kassab eleva verba antienchente
Proposta que foi aprovada ontem em primeiro turno na Câmara prevê para o ano que vem R$ 400 milhões para a área
Valor é quase R$ 100 mi a mais que o reservado para este ano; mudanças foram feitas após as fortes chuvas dos últimos dias na capital
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo incluiu a toque de caixa no Orçamento de 2010 mais recursos
para o combate a enchentes.
A proposta aprovada ontem
em primeiro turno na Câmara
Municipal, por 41 votos a 13 e
uma ausência, prevê para o ano
que vem R$ 400 milhões para a
área, quase R$ 100 milhões a
mais do que o reservado neste
ano. Será o maior investimento
antienchente da gestão Gilberto Kassab (DEM), caso cumpra
o previsto no Orçamento.
A peça ainda precisa passar
por uma segunda votação, além
de ser sancionada pelo prefeito.
A verba extra foi adicionada
pelo relator do Orçamento, o
governista Milton Leite
(DEM), após as fortes chuvas
deste final de ano, que só ontem
deixaram ao menos seis pessoas mortas na Grande SP.
O reforço foi possível por
causa de receitas extras, como a
do aumento do IPTU. A drenagem do córrego Aricanduva, na
zona leste, que tinha R$ 15 milhões previstos originalmente,
contará com R$ 40 milhões.
No início deste mês, o córrego Caboré, localizado nas proximidades, transbordou, inundando dezenas de barracos.
A construção de um piscinão
na região passou a ter R$ 11 milhões, em vez dos R$ 3 milhões
da proposta original de Kassab.
Embora esses recursos estejam destinados a ações e projetos de controle de enchentes,
isso não significa que todo o
montante será gasto em melhorias. Neste ano, apenas 77%
do que estava previsto para
controle das chuvas foi executado até agora. Da verba para os
piscinões, por exemplo, Kassab
não gastou nem 8%.
Propaganda recorde
Se no todo a verba antienchente aumentou, algumas
ações pontuais para evitar tragédias em dias de chuva continuarão com pouco dinheiro em
2010. É o caso das ações em
áreas de risco, onde há perigo
de desmoronamento. O setor
terá R$ 25 milhões, diante dos
R$ 126 milhões que o prefeito
reservou para propagandas.
No total, o Orçamento do ano
que vem é de R$ 28,8 bilhões.
Para a oposição, o valor deve
superar R$ 30 bilhões, já que os
governistas excluíram da peça
alguns repasses da União, por
exemplo. Os parlamentes têm
até amanhã para apresentar
emendas para a votação em segundo turno, que deve ocorrer
na quarta da semana que vem.
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