São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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6 suspeitos do furto de R$ 10 milhões são presos

Supostos membros do bando que cavou túnel para entrar em cofre contavam dinheiro

Carro igual ao que era visto na casa usada como base para o furto foi apreendido com os seis acusados, que também portavam R$ 4.000

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São Paulo prendeu na noite de anteontem seis pessoas investigadas sob a suspeita de integrarem a quadrilha que escavou um túnel com cerca de cem metros de comprimento para furtar aproximadamente R$ 10 milhões do cofre da empresa de valores Transnacional, em Pirituba (zona norte de São Paulo), na tarde do último domingo.
O furto ocorreu no horário dos jogos da rodada decisiva do Campeonato Brasileiro.
A estimativa é a de que o valor furtado possa chegar aos R$ 20 milhões, já que a empresa ainda passa por uma auditoria para descobrir exatamente quanto guardava no cofre.
Os R$ 10 milhões declarados oficialmente pela Transnacional dizem respeito ao valor que entrara no cofre até sábado, mas no domingo aconteceu mais movimentação de dinheiro na empresa.

Contando dinheiro
Os seis presos (cinco homens e uma mulher) investigados por suspeita de ligação com o furto foram encontrados pela Polícia Militar em uma casa do Capão Redondo (zona sul de São Paulo).
Um morador do bairro viu quando alguns dos suspeitos contavam dinheiro dentro da casa e ligou para a PM.
Um automóvel Fiat Doblò igual ao que sempre era visto na casa de Pirituba usada como base para o furto foi apreendido com os seis acusados. Dentro do veículo havia duas motos e um malote igual ao modelo usado pela Transnacional. Com os suspeitos foram apreendidos R$ 4.000.
Os seis presos no Capão Redondo são Maiko Antônio Bezerra Cruz, 20, Fabíola Rodrigues Costa, 21, Weviton Silva de Oliveira, 31, Lafaiete Araújo Oliveira, 23, Ronie Aparecido de Sousa, 29, e Marcelo da Silva Pereira, 21. A reportagem não teve acesso a eles.

Comprador da casa
A polícia já tem pistas sobre o homem apontado como o responsável por ter comprado por R$ 150 mil a casa utilizada como base para o início da escavação do túnel, mas, como ainda tenta confirmar sua identidade, mantém essa prisão em sigilo. Para comprar o imóvel, o suspeito se passou por Mario Mendes Mitsui.
Ontem a polícia esteve no cartório onde a negociação do imóvel foi realizada, mas descobriu que todos os documentos usados na transação desapareceram.
Por conta disso, funcionários do cartório também passaram a ser investigados sob suspeita de participação no furto.
De acordo com o delegado Waldomiro Milanesi, do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) e um dos responsáveis pela investigação do furto à Transnacional, os transtornos causados pela chuva de ontem na capital atrapalharam a investigação do caso porque muitos policiais não conseguiram se deslocar para checar informações sobre os ladrões.


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