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6 suspeitos do furto de R$ 10 milhões são presos
Supostos membros do bando que cavou túnel para entrar em cofre contavam dinheiro
Carro igual ao que era visto na casa usada como base para o furto foi apreendido com os seis acusados, que também portavam R$ 4.000
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia de São Paulo prendeu na noite de anteontem seis
pessoas investigadas sob a suspeita de integrarem a quadrilha
que escavou um túnel com cerca de cem metros de comprimento para furtar aproximadamente R$ 10 milhões do cofre
da empresa de valores Transnacional, em Pirituba (zona
norte de São Paulo), na tarde do
último domingo.
O furto ocorreu no horário
dos jogos da rodada decisiva do
Campeonato Brasileiro.
A estimativa é a de que o valor furtado possa chegar aos
R$ 20 milhões, já que a empresa ainda passa por uma auditoria para descobrir exatamente
quanto guardava no cofre.
Os R$ 10 milhões declarados
oficialmente pela Transnacional dizem respeito ao valor que
entrara no cofre até sábado,
mas no domingo aconteceu
mais movimentação de dinheiro na empresa.
Contando dinheiro
Os seis presos (cinco homens
e uma mulher) investigados
por suspeita de ligação com o
furto foram encontrados pela
Polícia Militar em uma casa do
Capão Redondo (zona sul de
São Paulo).
Um morador do bairro viu
quando alguns dos suspeitos
contavam dinheiro dentro da
casa e ligou para a PM.
Um automóvel Fiat Doblò
igual ao que sempre era visto na
casa de Pirituba usada como
base para o furto foi apreendido com os seis acusados. Dentro do veículo havia duas motos
e um malote igual ao modelo
usado pela Transnacional. Com
os suspeitos foram apreendidos R$ 4.000.
Os seis presos no Capão Redondo são Maiko Antônio Bezerra Cruz, 20, Fabíola Rodrigues Costa, 21, Weviton Silva
de Oliveira, 31, Lafaiete Araújo
Oliveira, 23, Ronie Aparecido
de Sousa, 29, e Marcelo da Silva
Pereira, 21. A reportagem não
teve acesso a eles.
Comprador da casa
A polícia já tem pistas sobre o
homem apontado como o responsável por ter comprado por
R$ 150 mil a casa utilizada como base para o início da escavação do túnel, mas, como ainda
tenta confirmar sua identidade, mantém essa prisão em sigilo. Para comprar o imóvel, o
suspeito se passou por Mario
Mendes Mitsui.
Ontem a polícia esteve no
cartório onde a negociação do
imóvel foi realizada, mas descobriu que todos os documentos usados na transação desapareceram.
Por conta disso, funcionários
do cartório também passaram a
ser investigados sob suspeita de
participação no furto.
De acordo com o delegado
Waldomiro Milanesi, do Deic
(Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) e um dos responsáveis pela
investigação do furto à Transnacional, os transtornos causados pela chuva de ontem na capital atrapalharam a investigação do caso porque muitos policiais não conseguiram se deslocar para checar informações
sobre os ladrões.
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