São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2010

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Cresce risco de homicídio no país entre jovens negros

Probabilidade é 3,7 vezes maior em relação a um jovem branco no Brasil

Em 2005, o risco era 3 vezes maior em relação a jovem branco, revela estudo da secretaria de Direitos Humanos


JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

O risco de um jovem negro ser assassinado cresceu entre 2005 e 2007 no país, chegando a uma probabilidade 3,7 vezes maior em relação a um jovem branco.
Esse índice é maior que o verificado em 2005, quando o risco era três vezes maior em relação a jovens brancos.
As informações fazem parte do (IHA) Índice de Homicídios na Adolescência, que também cresceu, divulgado ontem pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
O chamado IHA estima o número de adolescentes de 12 anos, num grupo de 1.000, que será assassinado antes dos 19 anos.
O IHA nacional em 2007 ficou em 2,67, considerando-se os 266 municípios com mais de 100 mil habitantes. O valor é maior que o de 2006 (2,39) e 2005 (2,51).
Valores acima de um indicam "risco inaceitável de violência letal contra adolescentes", diz a pesquisa.
Estima-se que 32.912 adolescentes serão assassinados entre 2007 e 2013.

ARMAS DE FOGO
O estudo também aponta aumento no risco de homicídio de jovens por arma de fogo e no Nordeste do país.
Em 2005, o risco de assassinato por arma de fogo era 5,47 maior que por outros meios. Em 2007, 5,97.
No Nordeste, as preocupações se concentram sobretudo nos centros metropolitanas de Recife e Maceió.
A capital paulista se manteve abaixo da média nacional (1,7 em 2005 e 1,26 em 2007), assim como boa parte dos municípios de São Paulo. Apenas Votorantim teve índice acima de 3 no Estado.
O maior IHA do país foi novamente registrado em Foz do Iguaçu (PR), explicado por fatores como tráfico de drogas e exploração sexual de crianças e adolescentes.


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