São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2010

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Foz do Iguaçu persiste no topo do ranking de mortes

JOSÉ MASCHIO
DE LONDRINA

A presidente do Conselho Tutelar de Foz do Iguaçu (656 km de Curitiba), Maria Sirlei Lopes, diz que programas para amparar o jovem existem, mas eles esbarram na lei.
"Para internar um adolescente viciado em drogas, com risco de morte, ou para colocá-lo no programa de proteção, precisamos de sua aceitação, o que não ocorre."
Ela cita o caso de um adolescente apreendido com 14 quilos de maconha que foi entregue ao conselho pela pela polícia e não aceitou ajuda. Foi liberado. "Estamos de mãos atadas pela lei", disse ela, referindo-se ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Em números absolutos, as mortes violentas estão diminuindo em Foz. Eram de 303 (em 2007), e caíram para 221 (2008), 191 (2009) e 174 (até novembro deste ano).
O problema é que a proporção de mortes de adolescentes (12 a 18 anos) continua alta, segundo o delegado e chefe de homicídios de Foz, Marcos Araguari de Abreu. Das 174 mortes neste ano, 21 foram de adolescentes.
Para a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná, Marta Tonin, é "hora de colocar o dedo na ferida".
O diagnóstico, segundo as autoridades, é que os jovens, por estarem na fronteira com Argentina e Paraguai, são facilmente cooptados para o tráfico e o contrabando.
Para a representante da OAB, faltam políticas públicas eficientes. "É preciso integrar todos os setores para virar esse quadro."


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