São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 2001 |
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Líder doava cestas básicas a favelados FREE-LANCE PARA A FOLHA Denir Leandro do Nascimento, o Dênis da Rocinha, era um dos últimos traficantes estabelecidos nos anos 80 e ligados à facção criminosa CV (Comando Vermelho) que continuava, mesmo preso, no comando do tráfico. O último caso de repercussão em que Dênis esteve envolvido foi o assassinato, no final de 1999, de Ana Paula Macedo Peixoto, 25, que era uma de suas advogadas. Ela teria sido sequestrada e morta a mando do traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, antigo inimigo de Dênis, mas que sempre negou o crime. Apesar de acusado pelos assassinatos, na década de 80, dos líderes comunitários Zé do Queijo e Maria Helena, Dênis é apontado por moradores da Rocinha ouvidos pela Folha como um homem querido na comunidade. Segundo os moradores, o traficante conquistou a simpatia da população da favela com a distribuição de cestas básicas de alimentos, de material de construção de casas e de até pequenas quantias em dinheiro para ajudar a resolver problemas cotidianos. Mesmo depois de preso, Dênis continuou mandando seus comandados distribuir mantimentos e presentes pelo menos três vezes ao ano. Segundo moradores, a distribuição das cestas acontecia na quadra da escola de samba Acadêmicos da Rocinha no Dia das Mães, no Dia de São Cosme e São Damião e no Natal. Vaidoso, Dênis não dispensava os cordões de ouro, os carros importados e as camisas de linho. (PD) Texto Anterior: Secretário diz que traficante foi morto Próximo Texto: Exército monta blitz em frente a quartel atacado Índice |
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