São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 2001 |
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Secretário diz que traficante foi morto DA SUCURSAL DO RIO O secretário da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, João Luiz Pinaud, afirmou ontem que o traficante Dênis da Rocinha foi assassinado. Segundo ele, outros cinco presos da mesma galeria apresentavam escoriações pelo corpo. "Chegamos à conclusão de que não foi suicídio. Há indícios de que a morte não teria sido por enforcamento", disse Pinaud. Segundo o diretor-geral do Departamento do Sistema Penitenciário, Manoel Pedro da Silva, que chegou ao presídio 40 minutos depois que os agentes penitenciários descobriram o corpo, Dênis estava pendurado por uma corda a 60 centímetros do chão. Na cela, havia um rádio ligado em alto volume. Existe a possibilidade de os responsáveis pela morte terem usado o rádio para que os agentes não ouvissem ruídos. O presídio conta com um sistema de câmeras que monitora a movimentação na galeria principal. Apesar de não se ter visão do que ocorre nas celas, a fita poderia indicar a movimentação fora dela, de quem entrou e saiu. O problema é que, por volta das 18h30, Bangu (bairro onde está localizado o presídio de segurança máxima) ficou sem luz por cerca de uma hora. Pinaud não descartou a hipótese das mortes do traficante Mauro Reis Catellano, o Gigante, assassinado em dezembro no presídio Bangu 3, e de Dênis estarem ligadas ao da ex-diretora de Bangu 1 Sidnéia Santos de Jesus. Pinaud disse que solicitará hoje ao Ministério Público que acompanhe e fiscalize as investigações. Texto Anterior: Violência: PM tenta evitar guerra do tráfico na Rocinha Próximo Texto: Líder doava cestas básicas a favelados Índice |
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