DA AGÊNCIA FOLHA

Adriano da Silva, 25, que, segundo a polícia, confessou ter matado 12 adolescentes no norte do Rio Grande do Sul, já havia sido detido quatro vezes -Soledade, Marau e Passo Fundo- antes de sua prisão definitiva na terça, em Maximiliano de Almeida (351 km de Porto Alegre).
A secretaria abriu inquérito para investigar por que Silva acabou sendo liberado em todas as ocasiões em que esteve preso.
O secretário da Justiça e Segurança do Rio Grande do Sul, José Otávio Germano, passou o dia de ontem reunido com a cúpula das polícias para decidir quando acontecerá a reconstituição da morte de Daniel Bernardi Lourenço, 13, em Soledade.
Na última vez em que foi detido, em novembro, dois meses antes da morte de Lourenço, no Infoseg (sistema com as informações sobre condenados e foragidos da Justiça de todo o país) não constava a informação de que Silva tinha sido condenado a 27 anos. O governo do Paraná não havia atualizado o sistema.
Conforme sua confissão, ele já teria assassinado crianças quando foi detido pela primeira vez, em 25 de junho, em um prédio abandonado, em Passo Fundo. Na quarta vez em que foi detido, também em Passo Fundo, conforme sua confissão, Silva já havia assassinado 11 crianças.
Inconformados com a morte do filho, os pais de Daniel Bernardi Lourenço estão estudando a possibilidade de ingressar com uma ação contra o Estado.
Para o pai, Darci Nei de Souza Lourenço, 36, a polícia errou ao liberar o acusado sem antes fazer um levantamento mais detalhado. A Secretaria da Segurança do RS disse que possíveis erros e omissões serão analisados.


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