São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

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Instituições reconhecem problema

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor-executivo da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), José Walter Pereira dos Santos, reconhece que há a necessidade de aumentar a proporção de doutores nas instituições privadas.
Santos afirma, no entanto, que as instituições têm feito esforços para melhorar a titulação de seu corpo docente e cobra do governo federal mais apoio.
"A formação de doutores interessa demais às universidades privadas. Você pode avaliar uma universidade pela biblioteca que ela tem e pela quantidade de doutores e mestres. Por aí dá para ter uma idéia da força que ela tem para funcionar e produzir ciência."
Segundo o diretor-executivo da Anup, uma prova da preocupação por parte das instituições privadas com a titulação de seus professores foi a criação, em 1998, da Funadesp (Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular).
A entidade possui um programa de bolsas com objetivo de fomentar a pesquisa e capacitar recursos humanos.

Apoio público
"Estamos fazendo esse esforço porque sabemos que é necessário que as universidades privadas tenham o maior número possível de doutores e mestres, mas acho que está na hora de o Estado olhar mais para essas instituições", diz.
Satos afirma que tem percebido "uma mudança tímida" nessa postura no atual governo, mas reclama que, historicamente, o pode público tem discriminado as instituições privadas.
"Existe uma política discriminatória do governo federal no financiamento de bolsas de pesquisa. A Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] são órgãos que se destinam quase que exclusivamente ao financiamento de bolsas para o sistema público federal", afirmou.


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