São Paulo, domingo, 10 de janeiro de 2010

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Mosteiro guarda acervo de obras de arte

Prédio tem trabalhos de 1650 que chegaram a ser expostos em Washington, Bruxelas e Lisboa, mas nunca no Brasil

Mosteiro também preserva uma nossa Senhora de Assunção de 1720, que ficava no altar-mór da igreja, e uma tela de 1801

DA REPORTAGEM LOCAL

O Mosteiro de São Bento tem em seu acervo algumas das obras de arte mais antigas já produzidas na cidade de São Paulo, segundo Carlos Eduardo Uchôa. São duas imagens em terracota de são Bernardo e são Mauro (ou santo Amaro), criadas em 1650 por frei Agostinho de Jesus (1600-1661).
O são Bernardo de frei Agostinho acaba de voltar ao Brasil depois de participar da exposição "Encompassing the Globe -Portugal and the World in the 16h and 17h Centuries". A mostra foi concebida por Jay Levinson, curador do Museu de Arte Moderna de Nova York, para o Smithisonian Institution para mostrar a influência global dos portugueses.
A peça de frei Agostinho já esteve em Washington, Bruxelas e Lisboa, mas nunca foi exposta no Brasil, segundo o abade dom Mathias.
Não são as únicas raridades que ficam no mosteiro, longe dos olhos do público. Há uma nossa Senhora de Assunção de 1720, que ficava no altar-mór da igreja, há uma tela de Patrício da Silva Manso ("Glória de São Bento", de 1801, há anjos tocheiros do século 18, bancos do século 17 e 18, uma estande para as partituras de canto gregoriano do século 18.
Falta segurança e pessoal ao mosteiro para fazer visitas guiadas, segundo Uchôa. Já tentaram roubar até um galo dourado que fica numa das torres da igreja. Um guia de turismo difundiu a lenda de que o galo era de ouro e que fora doado pela rainha da Inglaterra. Tudo mentira. (MCC)


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