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Mosteiro guarda acervo de obras de arte
Prédio tem trabalhos de 1650 que chegaram a ser expostos em Washington, Bruxelas e Lisboa, mas nunca no Brasil
Mosteiro também preserva uma nossa Senhora de Assunção de 1720, que ficava no altar-mór da igreja, e uma tela de 1801
DA REPORTAGEM LOCAL
O Mosteiro de São Bento tem
em seu acervo algumas das
obras de arte mais antigas já
produzidas na cidade de São
Paulo, segundo Carlos Eduardo
Uchôa. São duas imagens em
terracota de são Bernardo e são
Mauro (ou santo Amaro), criadas em 1650 por frei Agostinho
de Jesus (1600-1661).
O são Bernardo de frei Agostinho acaba de voltar ao Brasil
depois de participar da exposição "Encompassing the Globe
-Portugal and the World in the
16h and 17h Centuries". A mostra foi concebida por Jay Levinson, curador do Museu de Arte
Moderna de Nova York, para o
Smithisonian Institution para
mostrar a influência global dos
portugueses.
A peça de frei Agostinho já
esteve em Washington, Bruxelas e Lisboa, mas nunca foi exposta no Brasil, segundo o abade dom Mathias.
Não são as únicas raridades
que ficam no mosteiro, longe
dos olhos do público. Há uma
nossa Senhora de Assunção de
1720, que ficava no altar-mór
da igreja, há uma tela de Patrício da Silva Manso ("Glória de
São Bento", de 1801, há anjos
tocheiros do século 18, bancos
do século 17 e 18, uma estande
para as partituras de canto gregoriano do século 18.
Falta segurança e pessoal ao
mosteiro para fazer visitas
guiadas, segundo Uchôa. Já
tentaram roubar até um galo
dourado que fica numa das torres da igreja. Um guia de turismo difundiu a lenda de que o
galo era de ouro e que fora doado pela rainha da Inglaterra.
Tudo mentira.
(MCC)
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